Como presidente da comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Acre (ALEAC), a deputada Dra. Michelle Melo promoveu na manhã desta quinta-feira, 23, uma reunião que debateu como tema principal o combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes.
Todos os anos 500 mil crianças e adolescentes são explorados sexualmente no nosso país e há dados que sugerem que somente 7,5% dos dados cheguem a ser denunciados às autoridades, ou seja, estes números na verdade são muito maiores.
A deputada Dra. Michelle Melo, que também faz parte da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (UNALE), detalhou a importância da reunião.
“Queremos unir forças e promover ações intensas que de fato combatam qualquer ato de abuso contra as nossas crianças e adolescentes. Quero parabenizar aos conselheiros tutelares que são verdadeiros anjos da guarda e hoje nessa reunião estamos conhecendo mais de perto tanto os dados que são alarmantes como o trabalho promovido,” explicou a deputada.
Além da parlamentar participaram da reunião, assessores e representantes do 1ª, 2ª e 3ª Conselho Tutelar de Rio Branco.
“A proteção do direito está sendo esquecido. As pessoas estão esquecendo que as crianças estão sofrendo. Já fiz uma lei, sancionada pedindo celeridade e que todos os assuntos envolvendo crianças e adolescentes tenham urgência. Queremos fazer algo melhor e trazer luz. Precisamos reunir toda rede como o judiciário, o Ministério Público, os conselhos tutelares e todas as forças que possam ajudar. Precisamos ouvir quem está na ponta para avançarmos,” finalizou a parlamentar.
Como encaminhamentos da reunião ficou estabelecido a realização aí de uma audiência pública envolvendo toda rede de apoio e a criação de um Programa de conscientização Estadual de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes no Acre.
Segundo dados do Departamento de Inteligência da Polícia Civil do Acre (PCAC), em 2022 foram registrados 496 boletins de ocorrência de violência sexual contra crianças e adolescentes, enquanto em 2023 houve uma redução para 487 casos.