Pessoas traídas são mais propensas a desenvolverem doenças crônicas

Pesquisa mostrou maior incidência de problemas como enxaqueca, distúrbios do sono e problemas pulmonares em pessoas que sofreram traição

Uma pesquisa mostrou que ser traído em um relacionamento amoroso pode levar a problemas não só emocionais, mas também físicos. O estudo, feito pela Universidade de Ciências Sociais de Singapura, indica que pessoas que sofreram alguma traição podem estar mais propensas a desenvolverem problemas de saúde crônicos, como enxaqueca, distúrbios do sono e problemas pulmonares.

Segundo os autores, o sofrimento emocional causado por uma traição pode ocasionar um efeito cascata na saúde física dos indivíduos/Foto: Freepik/Reprodução

Para o levantamento, os cientistas entrevistaram 2.579 adultos dos Estados Unidos, todos cisgêneros e a maioria heterossexual. Os cientistas tiveram duas levas de coletas de dados, com nove anos de diferença entre elas. Na entrevista, os participantes foram questionados se já haviam sido traídos, eles também foram pedidos para relatar condições de saúde a longo prazo.

Resultados mostraram que a incidência de problemas crônicos foi maior entre as pessoas que relataram terem sofrido com infidelidade de um parceiro, mesmo quando outros fatores, como dados demográficos e informações sobre redes de apoio, foram considerados.

“A boa notícia é que os tamanhos de efeito entre infidelidade e saúde crônica estavam na faixa ‘pequena’. Esses tamanhos de efeito ainda sugerem o potencial para danos duradouros com implicações práticas, mas, pelo menos, os efeitos não são extremamente grandes”, afirmou Vincent Oh, pesquisador responsável pelo estudo.

Segundo os autores, o sofrimento emocional causado por uma traição pode ocasionar um efeito cascata na saúde física dos indivíduos. O estudo, entretanto, reconhece que ainda há limitações, já que não foram coletados dados sobre outras circunstâncias ou sobre o relacionamento em que estavam. No entanto, as conclusões abrem questões importantes para serem abordadas em novas iniciativas.

O estudo foi publicado em agosto na Revista de Relações Sociais e Pessoais.

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