Cirurgia bariátrica pode tratar obesidade associada à hipertensão

No Dia Mundial da Hipertensão, é importante lembrar as principais causas e formas de tratamento de uma doença que atinge entre 20% e 35% da população adulta na América Latina

A hipertensão é uma das principais causas de morte² e atinge entre 20% e 35% da população adulta na América Latina. Lembrada todo 17 de maio (dia mundial da hipertensão), a doença, também conhecida como pressão alta, ocorre quando a pressão do sangue, causada pela força de contração do coração nas paredes das artérias para impulsionar o sangue para todo o corpo, se eleva. A elevação crônica de pressão sobre o sistema circulatório, com o passar dos anos, pode gerar uma sobrecarga no coração que tenta se adaptar inicialmente, porém, com o tempo, se torna dilatado e mais fraco.

Frente a este perigo, os resultados de um estudo apontam que a cirurgia bariátrica pode reduzir ou eliminar a necessidade de medicamentos para controle da hipertensão arterial na maioria dos pacientes obesos. O estudo GATEWAY, desenvolvido e coordenado pelo Hospital do Coração de São Paulo com apoio da Ethicon, uma das empresas da família de companhias da Johnson & Johnson Medical Devices, tem repercutido em publicações científicas relevantes desde 2017, tendo sido publicada recentemente na Hypertension journal.

O estudo foi realizado com 100 pacientes, aleatoriamente designados para serem submetidos à cirurgia de redução do estômago (bypass gástrico) ou para continuar com seus tratamentos com medicamentos anti-hipertensivos.

O cirurgião bariátrico Doutor Carlos Schiavon, que liderou a pesquisa, explica os resultados: “Um ano após a cirurgia, 83,7 % dos pacientes submetidos ao bypass gástrico mantiveram o controle da pressão arterial (<140/90 mm Hg) com pelo menos 30% menos medicamentos e mais da metade (51%) mostrou remissão, isto é, mantiveram a pressão controlada sem uso de medicamentos. Estas conclusões reforçam o conhecimento científico sobre os benefícios da cirurgia bariátrica no tratamento de pacientes com obesidade e hipertensão”.

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