Pimenta: do agronegócio à defesa da floresta, a agenda de Jorge Viana na Apex

Apex 

Nomeado presidente da Agência Nacional Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex), órgão que atua na promoção comercial dos produtos brasileiros no exterior, Jorge Viana (PT) tem ido de um extremo a outro para fazer a engrenagem da agência girar. 

Agenda 

Só ontem, Jorge divulgou duas agendas no mínimo antagônicas: a primeira com o ministro da Agricultura, o senador licenciado Carlos Fávaro (PSD-MT) e a segunda com o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS). 

Detalhes 

Na agenda do Ministério da Agricultura (Mapa), JV foi acompanhado de representantes do Sindicarnes-AC para tentar viabilizar, junto ao Mapa, a habilitação de um frigorífico acreano para exportar carnes para o mercado chinês. É a defesa do agronegócio em sua essência. Já na reunião com o CNS a pauta foi o mercado de carbono. Uma agenda daquelas que lembram o tempo da florestania. 

Guarda-chuva 

A Apex, dirigida por Jorge Viana, é vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O ex-governador de São Paulo é um liberal convicto, o que deixa Jorge Viana muito mais a vontade para criar pautas com os setores mais diversos da economia, do gigante ao miúdo. 

Andarilha 

Dos deputados federais eleitos, poucos têm andado tanto quanto Socorro Neri (PP). Com a agenda cheia, a ex-prefeita de Rio Branco tem visitado órgãos e lideranças para colocar o seu mandato à disposição. 

Base ou oposição? 

Conhecida no meio político por sua coerência e fidelidade, questionei à assessoria da deputada eleita como ela deve ser portar na Câmara, se vai para base ou oposição. O seu partido, o Progressistas, era da base de Bolsonaro (PL) e já se declarou oposição a Lula (PT). O presidente da sigla, o senador Ciro Nogueira, disse inclusive em entrevista recente que o Progressistas já está na chapa de Bolsonaro em 2026. “O partido liberou para que os parlamentares tenham o posicionamento que quiserem. O dela não será de oposição, mas ela também não será base. Estará com diálogo aberto e atuará de forma que achar que seja bom para o bem coletivo, como sempre fez na carreira política”, comentou a assessoria. 

Fica 

Depois da pressão de integrantes do próprio governo para que o Ministro da Defesa, José Múcio, saísse do cargo por conta da sua atuação passiva diante dos atos terroristas de 8 de janeiro, o presidente Lula bateu o martelo e disse que o ex-presidente do TCU permanece no cargo. A declaração de Lula sobre a permanência de Múcio foi dada a jornalistas nesta quinta (12). 

Incitação 

O Ministério Público Federal solicitou ao STF a abertura de um inquérito por incitação aos atos terroristas de 8 de janeiro contra 3 deputados: André Fernandes (PL-CE), Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP). De acordo com o MPF, o trio de deputados fez publicações nas redes sociais antes e durante as invasões nos prédios dos Três Poderes, o que pode configurar incitação pública à prática de crime e tentativa de abolir o Estado democrático de direito. A pena para os crimes pode passar de 8 anos de reclusão. Nenhum parlamentar acreano foi enquadrado, mas é bom terem cuidado. 

Gastos 

Com a quebra dos sigilos impostos por Bolsonaro, parte dos segredos do ex-presidente começam a vir à tona. O que mais chamou a atenção por enquanto é o de gastos no cartão corporativo. Bolsonaro gastou R$ 27,6 milhões entre 2019 e 2022, segundo as planilhas, que só agora se tornaram públicas. Entre os destaques, estão os gastos com hospedagem, R$ 13,7 milhões, e despesas com sorvetes, R$ 8,6 mil.

Sem coração

Na eterna briga entre Lula e o ‘Deus Mercado’, mais um episódio nesta quinta. Em um café da manhã com jornalistas, o presidente disse que o mercado “não tem coração, sensibilidade e humanismo”, e que o seu governo tem obrigação de cuidar dos mais pobres. Lula também criticou a frequente criação de narrativa do mercado de que tudo o que não é para pagar juro é gasto. Ele disse ainda que em todas as crises quem salvou o mercado foi o Estado e não o contrário.

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