“Cerca de meia tonelada de drogas entra todos os anos nos presídios do Acre”, diz sindicalista

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“Nosso sistema penitenciário caótico e falido”, disse Marques à ContilNet/Foto: ContilNet

 

O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado do Acre (Sindap), Adriano Marques, afirmou que, anualmente, entra cerca de meia tonelada de drogas nos sete presídios acreanos. “O sindicatos ligados à segurança fizeram esses cálculos, mas pode ser muito mais”, disse o sindicalista, atribuindo o problema às “falhas e aos descasos” do Instituto Penitenciário do Acre (Iapen).

Não bastam construir presídios. É preciso repensar toda a segurança pública. Proporcionalmente, o Acre possui a maior e a mais jovem população carcerária do país

No tocante ao envolvimento de agentes penitenciários, Marques disse que não compactua com desvio de condutas e reafirma a sua postura de compromisso e dedicação para com a categoria. “Sabemos que somente um trabalho sério e coeso poderá melhora o nosso sistema penitenciário, que é, em minha opinião, caótico e falido”.

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Sindicalista calcula que meia tonelada de drogas entra nos presídios do Acre por ano

Quanto à suspenção das revistas íntimas, o sindicalista apoia a decisão da juíza Luana Campos, mas rechaça o “descompromisso” da direção do Iapen na aquisição de scanners corporais, aparelhos de raios x, entre os outros equipamentos. “Também faltam bloqueadores de celulares”, acrescentou.

Com o triplo de suas capacidades, os presídios acreanos seriam espaços para a reeducação e, por conseguinte, de reinserção social, mas se transformaram em uma ‘universidade’ do crime. “Não bastam construir presídios. É preciso repensar toda a segurança pública. Proporcionalmente, o Acre possui a maior e a mais jovem população carcerária do país”, criticou ele.

“Os presídio são um barris de pólvora. Os presos têm todo tempo do mundo para fazer planejamentos. Quando eles percebem que as guaritas estavam sem vigilância e nosso efetivo reduzido, eles agem”, avalia Marques, propondo a contratação de novos servidores e a aquisição de equipamentos de segurança para os agentes penitenciários.

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