Com o tempo seco e recorde em temperaturas registradas no Acre, as queimadas ficam muito mais suscetíveis, principalmente em áreas de mata, como a BR-364.
O jornalista Edson Marangoni registrou o momento em que uma cortina de fumaça cobre completamente os arredores da rodovia que liga Rio Branco ao Vale do Juruá.
Na publicação, Marangoni declara que “quem limpa com fogo coloca vidas em risco”. A prática denunciada pelo jornalista diz respeito à queima de capim para a produção agrícola e do agronegócio, principalmente na queima de pastagem, para a criação de gado.
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A atitude é considerada “desastrosa” pela Embrapa. Os pesquisadores explicam que a longo prazo, os resultados são prejudiciais tanto para a pastagem, quanto para o bolso do pecuarista.
Além disso, a Embrapa diz ainda que a técnica não é recomendada aos produtores. Ao queimar a pastagem, “o produtor está queimando carne”.
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“Quando as queimadas são sucessivas, ano após ano, a pastagem pode ser totalmente destruída. O fogo mata os microorganismos do solo; esgotam-se as reservas de crescimento das gramíneas; o capim começa a desaparecer, deixando o solo descoberto e sem proteção; a ação dos ventos e das chuvas leva os nutrientes da terra e o solo vai ficando compactado e suscetível ao estabelecimento de algumas espécies de invasoras”, explicou a Embrapa em uma nota técnica divulgada.
Agosto disparou focos de incêndios
O mês de agosto foi o responsável por 81,2% do acumulado de todos os focos de incêndio no Acre. De acordo com o último boletim do Tempo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, divulgado nesta segunda-feira (28), no período de 01/01/2023 a 27/08/2023, houve registro total de 1387 focos segundo dados do satélite de referência (AQUA Tarde).
Só entre 01/08/2023 a 27/08/2023, houve registro total de 1127 focos.