26 de abril de 2024

Cenário de guerra: em apenas cinco dias, 11 mortes violentas são registradas em todo o estado

A primeira semana do mês de fevereiro já começou com 11 mortes violentas registradas no Acre em um espaço de apenas cinco dias. Foram homicídios por arma de fogo, arma branca, mortes em confronto com a polícia e até morte por incineração.

No primeiro dia do mês, quarta-feira (1°), dois jovens morreram vítimas de disparos de arma de fogo. Sergio Roberto do Nascimento, de 39 anos, foi assassinado a caminho da igreja, na Rua João Fonseca, bairro Tropical, em Rio Branco. Ele estaria indo buscar a esposa quando foi surpreendido pelos tiros que partiram de um veículo.

Não demorou muito e na noite do mesmo dia, um jovem de 22 anos foi morto a tiros no bairro Conjunto Esperança. Robson Leandro Vilker estava na Rua Euclides da Cunha, quando dois homens em um veículo passaram atirando. Sem defesa, o jovem foi atingido por seis tiros e morreu antes da chegada do socorro.

O número de homicídios cresceu nos últimos dias/Foto: Reprodução

No segundo dia do mês, a vítima de homicídio foi o taxista Antônio Queiroz da Silva, de 49 anos. Segundo a família, a vítima não tinha inimizades e não acredita que Antônio tinha envolvimento com alguma facção criminosa. A casa onde ele morava, localizada na Vila do “V”, município de Porto Acre, foi invadida por criminosos que o mataram com um tiro no rosto.

O terceiro dia de fevereiro, Kennedy Sobrinho dos Santos, 19 anos, e Paulo Sérgio Gomes Sobrinho, 26 anos, foram executados juntos em uma residência localizada na Estrada do Amapá. A única testemunha viva conta que estava na casa com os jovens, quando homens encapuzados e armados invadiram e atiraram na direção dos dois. A testemunha, que também ficou ferida, fingiu-se de morta para não morrer e foi encaminhada ao Pronto Socorro.

Frank Willian Alves da Silva, de 19 anos, e Sérgio da Cruz Santana, de 23 anos, foram os que morreram em confronto com a polícia em Sena Madureira, interior do Acre. Os mortos e outros quatro homens, segundo a Polícia Militar, estavam escondidos em um matagal após terem assaltado uma casa em Manoel Urbano, cidade vizinha. Após praticarem o crime, a quadrilha fugiu para Sena Madureira, pelo Rio Purus, onde em confronto com a polícia, os dois acabaram morrendo e os demais ficaram feridos.

Homens que trocaram tiros com a polícia em Sena Madureira/Foto: Reprodução

No quarta dia, a violência não deu trégua e outras três pessoas foram mortas violentamente. Um homem identificado como Anelino Ferreira da Silva deu entrada no Instituto Médico Legal (IML), vítima de disparo de arma de fogo. A polícia não detalhou as circunstâncias da morte, porém, o crime está sendo investigado pela Polícia Civil.

No mesmo dia, os restos mortais de Manoel Lopes foram encontrados na residência onde morava, localizada na Rua Santa Teresinha, no bairro Seis de Agosto. O corpo foi enrolado no colchão e em seguida incendiado. A perícia técnica investiga se o jovem morreu carbonizado ou se já estava morto quando o corpo foi incendiado. A tia de Manoel acredita que ele tenha sido vítima de uma vingança, por ter presenciado o furto de tijolos em sua residência.

Ainda no sábado (4), um jovem identificado apenas como Felipe foi assassinado a golpes de faca e tiros no conjunto Vale do Buriti, em Cruzeiro do Sul. Felipe foi encontrado ainda agonizando em uma quadra de esportes, onde teria acontecido o crime.

Por fim, no domingo (5), Raimundo Nonato de Melo Silva, de 43 anos, acabou sendo vítima do próprio enteado, de 30 anos. Segundo informações da mulher da vítima, que preferiu não se identificar, o marido desligou o som da festa e após uma discussão, o filho dela acabou dando uma facada no peito do padrasto. O caso durante a madrugada, na estrada do Quixadá, zona rural de Rio Branco.

Ninguém foi preso até o fechamento desta matéria.

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