25 de abril de 2024

Em cinco meses, 11 policiais foram afastados para tratamento psicológico, diz PM

Mais de dez policiais militares foram afastados das atividades nos cinco primeiros meses de 2017 para passar por tratamento psicológico. A informação foi confirmada na quinta-feira (22) pelo coronel Wagner Estanislau de Araújo, diretor da Policlínica da Polícia Militar (PM-AC), em Rio Branco. Os problemas mais recorrentes enfrentados pelos agentes, segundo Araújo, são o estresse pós-traumático e agudo, ansiedade e depressão.

A equipe da Policlínica conta com assistentes sociais e quatro psicólogos, sendo três militares e uma civil. Ao todo, 2.476 policiais atuam em todo o Acre e os 11 afastados recentemente representam menos de 1% desse total. Em 2016, segundo o diretor, 67 agentes pediram ajuda na unidade. Em 2017 esse número caiu para 38.

“Há casos simples, intermediários ou mais graves. Aqui, comparado a Estados como o Rio de Janeiro e São Paulo, é muito difícil acontecer o afastamento, apenas se for um caso muito grave, até porque a incidência de criminalidade aqui é bem menor”, diz.

No último dia 19 deste mês, a Justiça do Acre considerou o ex-subtenente José Adelmo dos Santos inimputável – quando a pessoa não tem condições psicológicas de responder pelo ato. Santos matou o sargento Paulo Andrade, de 44 anos, dentro do Comando Geral da PM-AC. Conforme a defesa de Santos, ele tem transtorno bipolar e dependência química.

Na última terça-feira (22), o corregedor e subcomandante da PM, coronel Ricardo Brandão, disse que Santos não passou por testes psicológicos ao sair da reserva e ser reintegrado. Afirmou ainda que em 30 anos de serviço o ex-subtenente nunca mostrou qualquer disfunção relacionada à bipolaridade. O diretor da Policlínica diz que, durante a gestão dele, Santos nunca procurou assistência.

“Em casos de dependentes químicos, quando a gente detecta ou o PM procura, podemos fazer a internação voluntária. Todas as polícias têm históricos de agentes internados com casos como esses. Esse número geralmente é baixo porque o PM, que é dependente, não admite isso. A situação fica bem complicada, pois só podemos internar quando ele se voluntaria”, explica.

Araújo explica ainda que um familiar ou amigo pode informar casos de dependência, depressão e estresse. Após isso, um assistente social, psicólogo e algumas vezes até um pastor visita o PM para o convencer a fazer o tratamento.

“Ele se disponibilizando, fazemos todo o tratamento psicológico, e se for o caso, o internamos. Mas não podemos usar a força coercitiva nesses casos”, diz.

(Com informações do site G1/Acre)

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