Na manhã desta segunda-feira (12), os trabalhadores dos Correios se reuniram em uma assembleia para decidir sobre acatar ou não o direcionamento nacional da categoria em prol de uma paralisação por tempo indeterminado.
Após as considerações, os trabalhadores foram até a frente da sede dos Correios no Centro de Rio Branco para protestar contra a possível privatização da empresa, o corte realizado nas férias dos trabalhadores e a redução salarial que atacou boa parte dos membros da categoria.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios do Acre (Sintect/AC), Edson Pinheiro, falou um pouco sobre as dificuldades encontradas pela categoria nos últimos anos.
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“Quando olharam para nós, só pensam em plano de demissão, estamos há anos sem um concurso público. A greve será realizada por tempo indeterminado e as motivações são a suspensão das nossas férias desde abril do ano passado, pelo fechamento de mais de 2.500 agências, pelas cobranças abusivas de mensalidade nos nossos planos de saúde e pelo tratamento com que a nossa categoria vem recebendo da diretoria dos Correios. Somos aproximadamente 500 funcionários no Acre e exigimos que a diretoria reveja a maneira como administra a empresa”, disse Edson.
Pinheiro aproveitou ainda para refutar as afirmações de que a privatização da empresa é a solução mais viável para melhoria na prestação do serviço. De acordo com o presidente, o serviço é um direito da população, é preciso investir na infraestrutura para que um serviço de excelência seja prestado ao contribuinte.
“Querer privatizar, extinguir cargos e demitir trabalhadores são motivos mais que suficientes para que a gente pare por tempo indeterminado. A diretoria insiste em jogar os trabalhadores contra a população dizendo que a empresa não tem mais condições de prestar o serviço, quando na verdade o que falta é interessa em investimento que garantam condições mínimas para prestação de um serviço que é direito da comunidade, pontuou.
Edson ainda alertou para as condições encontradas pelos trabalhadores. De acordo com ele, não há manutenções nos meios de transporte utilizados pela categoria, falta segurança nas agências da empresa e tampouco há interesse em melhorar tais quadros, já que, de acordo com ele, a única palavra que sai da boca dos líderes da empresa é privatização.
Com a colaboração de Freud Antunes