medo do terror
O vereador do município de Epitaciolândia, Carlos Portela (PPR), está preocupado com a entrada desenfreada de estrangeiros na fronteira com a Bolívia. A preocupação é tanta que, de acordo com informações repassadas do vereador, a facilidade de terrorismo no Acre está sendo considerada, uma vez que a fronteira está, segundo ele, livre.
“O mundo está passando por uma onda de terrorismo. Tem terrorista espalhado no mundo todo, enquanto isso, pela fronteira acreana, está entrando, de forma escondida, senegaleses e vez por outra tenho a informação que pessoas de outras nacionalidades também estão entrando no Brasil através do Acre”.
Ele afirma que os senegaleses, por exemplo, estão entrando por duas rotas: uma por Assis Brasil e por uma outra fronteira entre Peru, departamento de Beni e Pando, Bolívia, que sai em Porvenir a 30 Km de Cobija.
Taxistas dão aulas de como transitar escondidos
Outra informação dada pelo vereador é a de que, na fronteira com Assis Brasil, alguns taxistas já esperam por imigrantes já previamente contactados e “dão aulas” aos imigrantes de como sair de forma escondida driblando as autoridades.
“O preço da passagem de Assis até Brasiléia é R$ 30,0, mas que cobram de 100 a 150 dólares. Chegando em Brasiléia os taxistas repassam para os taxistas locais, que mantêm os mesmos escondidos e cobram de 200 a 300 dólares por pessoa, para levarem até o abrigo dos refugiados em Rio Branco, distante 240km. Modus Operandis, os taxistas se juntam e contratam batedores em toda a estrada para confirmarem se tem polícia ou não, que é para vários táxis irem lotados. Acredito eu que ainda continua a entrada de uns 30 por semana”, relata Portela.
E diz mais: “O policiamento não funciona e entroncamentos não servem: “os taxistas sabem a hora de passar na ausência dos policiais”
Faltando policiais, a fronteira está praticamente “livre”. A estrada, vez por outra tem policiais no entroncamento de Xapuri em equipes de dois homens para plantão de 24:00h. A Força Nacional, segundo o parlamentar, tem ficado no trevo de Senador Guiomard, distante 23 km de Rio Branco. “Porém, esses quase não abordam carros e os taxistas sabem a hora de passarem em sua ausência”.
O vereador faz mais revelações:
“Taxistas estão colocando malas recheadas com droga ou de contrabando de camisas peruanas de boas marcas, junto com as malas dos haitianos. Precisamos de um trabalho voltado para esta situação, já não basta, só no ano passado a entrada de quase 14 mil haitianos em nossa fronteira acreana, fora os clandestinos de outras nacionalidades, tudo isso sem uma expressão de saúde”.
