Manifestantes cobram moradias prometidas pelo governo do Acre/Foto: Charlton Lopes/ContilNet
Moradores dos bairros Dom Giocondo e Preventório fecharam na manhã desta quarta-feira (18) a Rua Floriano Peixoto, em frente ao colégio São José, em Rio Branco. Com aluguel social atrasado até seis meses, varias famílias foram despejadas e outras estão morando em casas de parentes. Eles reivindicam a casa própria nos conjunto habitacionais do programa Minha Casa, Minha vida.
Um das organizadoras do protesto, a dona de casa Rosângela Ribeiro dos Santos, disse que o ato foi “a única forma de ser ouvida”, pois os representantes da Secretaria Estadual de Assistência Social (Sedes) e Secretaria de Estado Habitação (Sehab) não resolveram o problema. “Isso é um absurdo e ninguém dá satisfação”, declarou mulher, que estava indignada.
Há cinco anos esperando ser contemplada com sonhada casa própria, a desemprega Eliana Delaguila Rodrigues Alves fez um desabafo: “A minha casa está caindo e não sei mais o que fazer. Não sei os critérios para ser contemplada, pois entendo que me enquadro em todos”, disse a ela, denunciando que existem moradores vendendo e trocando casas nos conjuntos habitacionais.
Elneida disse que os donos de imóveis não confiam mais no governo
Com um bebê de apenas seis dias no colo, Elneida Ribeiro dos Santos, disse que os donos de imóveis não confiam mais nos depositários do aluguel social. “Ainda bem que eu trabalho, mas vejo as minhas amigas sendo despejadas. Isso é um enorme constrangimento”, conta a mulher, que exigia as presenças de representantes do governo estadual.
Por telefone o secretário de Assistência Social, Gabriel Maia, admitiu a dívida e assegurou que está providenciando os pagamentos. “Alguns já resolvemos e outros estamos resolvendo”, disse ele, explicando que o cadastramento e a entrega das casas populares são atribuições da Sehab.
