26 de abril de 2024

Embiaras – Vai ter Dia da Consciência Negra, sim

Organizado pelo NEABI- Núcleo de Estudos Afrobrasileiros e Indígenas do IFAC, Cruzeiro do Sul teve durante esta semana uma programação voltada para a questão negra, e africana. Houve sarau literário em homenagem a escritores africanos, roda de capoeira, bate papo com os padres angolanos, debate sobre cotas raciais, apresentação sobre os reinos africanos e religiões de matriz africana, filme senegalês no Cine Romeu, e na sexta, uma festa da música negra na boate Hashtag.

Foi a primeira vez que em Cruzeiro do Sul ocorreu uma programação desta natureza. Sobre o lugar-comum de que “não precisamos de um dia da consciência negra, e sim de todos os dias da consciência humana”, a professora Blenda Moura , coordenadora do NEABI escreveu “consciência humana é legal, mas vamos ser mais humildes e reconhecer o violento racismo em nossa sociedade”.

Turismo Ieval

Turismo em alta

Antes tratado com certo desdém, o turismo continua crescendo gradativamente no Juruá. Quem quiser tira a dúvida, dê um pulinho no rio Croa e veja com os próprios olhos. As turmas que também estiveram no festival Yawanawá e no lançamento do ponto de cultura Yorenka Atame, em Marechal Thaumaturgo também movimentaram o setor hoteleiro e restaurantes.

Foi nesta aposta, que o IEVAL, faculdade particular de administração e contabilidade em Cruzeiro do Sul, sediou o Fórum de Turismo no Vale do Juruá, que culminou com a criação do conselho municipal de turismo de Cruzeiro do Sul.

Foram escolhidos representantes dos setores que movimentam o turismo na região: hotéis, restaurantes, transporte. Com a Lei Estadual de Turismo agora aprovada, tudo leva a crer que haverá um crescimento do setor nos próximos anos. “Os indicadores são positivos”, afirmou Diego Rebouças, representante da secretaria estadual de turismo na reunião.

Chicha

O governo peruano inaugurou uma das maiores reservas naturais do mundo que, com território que compreende 1,3 milhão de hectares, concentra a maior biodiversidade do país. O decreto que institui a região de Serra del Divisor como Parque Nacional foi assinado pelo presidente Ollanta Humala.

A medida deve beneficiar 21 comunidades indígenas e 42 outros assentamentos, além de 230 mil pessoas que obtêm alimentos e fontes de água na região.

O parque faz fronteira com o “nosso” PNSD e poderá ajudar a acabar com problemas que vão desde a mineração e exploração madeireira ilegal, até o tráfico de drogas e risco às comunidades isoladas.

Pode ser também um aceno positivo ao Brasil, já que Jorge Viana durante uma visita a Pucallpa  quando governador, praticamente descartou qualquer possibilidade de parceria por esta parte da fronteira enquanto houvesse invasão madeireira do lado brasileiro.

Resta saber se a legislação peruana, muito flexível em relação à unidades de conservação, realmente vai dar conta de proteger a área.

Mocochinchi*

Já o presidente Evo Morales continua não dando refresco para as pretensões brasileiras, e sobretudo, acreanas, de construção de uma ferrovia através do Juruá.

Morales apresentou um plano alternativo de ferrovia através do Mato Grosso.  Três mil e quinhentos quilômetros mais próximos e com vários trechos já construídos, a ferrovia não teria o “incômodo” de ter que atravessar área praticamente intactas de floresta e de índios isolados.

Segundo periódico boliviano, a Alemanha já teria demonstrado interesse nesse trajeto.

*Para quem não sabe, o mocochinchi é aquele refresco boliviano que se vê nas ruas de Cobija, ou de qualquer cidade boliviana.

Segue abaixo, a receita do “mocochinchi”

Mocochinchi Receita

Ingredientes:

1 quilo de pêssegos secos

3 litros de água

3 paus de canela

10 cravos

1 xícara de açúcar

Preparo

Mergulhe em uma panela com água os pêssegos secos deixando-os de molho por 6 horas em um litro de água.

Quando estiverem completamente hidratados adicione mais água, canela, cravo e açúcar. Coloque essa mistura em fogo baixo por duas horas, tampe a panela, acrescentando uma xícara de água a cada dez minutos. Se você não estiver doce o suficiente, adicione um pouco mais de açúcar antes de retirar do fogo.

Deixe esfriar bem antes de servir, e em cada copo coloque um pêssego cozido no fundo.

Ieval

*Leandro Altheman é jornalista e escritor do livro “Muká, A Raiz dos Sonhos” – um relato vivencial do processo de formação dos pajés yawanawá. Para adquiri-lo, entrar em contato com o autor através do email: [email protected]

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