26 de abril de 2024

Opinião “Ataques a Sinhasique ilustram a violência que a mulher sofre no Brasil”

O espaço desta coluna hoje será ocupado por excelente artigo escrito pelo renomado jornalista Jairo Carioca, sobre a violência que as mulheres ainda sofrem no Brasil.

Ataques a Eliane Sinhasique ilustram a violência que a mulher sofre no Brasil

Jairo Carioca

Com a chegada da chamada reta final de campanha visando a sucessão municipal, vai ficando clara a antevisão dos “soldados da Frente Popular do Acre” para a indicação de uma mulher a sucessão da prefeitura de Rio Branco. A forma como a candidata Eliane Sinhasique vem sendo atacada pelas redes sociais ilustra bem a situação da mulher no Brasil. Elas continuam sendo alvos de preconceito e de violência por parte dos homens em pleno século XXI.

Segundo  um reportagem do jornal O Estado de S. Paulo: “Em dez anos, dez mulheres foram assassinadas por dia no Brasil, média que fica acima do padrão internacional”. Os dados foram extraídos de estudo intitulado Mapa da Violência no Brasil 2010, realizado pelo Instituto Zangari, com base no banco de dados do Sistema Único de Saúde (DataSUS).

De onde parte esse comando machista?

Ora, a ordem é exatamente do sistema que ainda não está preparado para justiça e igualdade social. Isso estaria garantido pela gestão de uma mulher à frente da prefeitura. Seja Eliane Sinhasique ou a própria professora Socorro Neri – vice de Marcus Alexandre – estudos mostram que a mulher tem mais coragem de enfrentar os desafios urgentes esperados pela sociedade e pelo Estado.

violencia-mulherA postagem do perfil ‘Paulla Carvallho’, que compartilhou a publicação de Gabriel Cunha Forneck, mostra que estereótipos de gênero dificultam a liberdade e que, socialmente, Eliane enfrenta o pior preconceito: de mulher para mulher. De forma recorrente, sem pudor e sem que se meçam as armas utilizadas, esses ativistas, na falta de propostas, optam pela tentativa de difamar.

Sem base em nenhum fato concreto, também a capacidade de Eliane Sinhasique como gestora é posta em dúvida de uma forma inexplicável. Eliane tem ficha limpa e tem excelentes índices de aceitação em todas as pesquisas. Como disse a um ‘neopetista’, além de todas essas qualidades, Eliane é cidadã acreana, mulher, mãe e amiga.

Não há nada mais repugnante que discurso diferente de prática. Esses mesmos autores dos ataques a Eliane já viveram a quebra de paradigma elitista de classe representado pela eleição de um presidente operário sem curso superior. E depois elegeram a primeira mulher presidente do Brasil! Esses não teriam sido passos importantes para um país atrasado socialmente?

Por que Eliane Sinhasique, como mulher, não poder ser eleita prefeita de Rio Branco? Ou pelo menos contar com a liberdade de ser candidata sem ataques à sua honra, concorrendo de igual para igual com Marcus Alexandre?

Já vi em eleições anteriores alguns ataques dessa natureza se transformarem em um excelente combustível de campanha para a vítima. O eleitor adora apoiar quem é atacado injustamente. É preciso vigiar.

* Jairo Carioca é jornalista e assessor de imprensa

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