Capacho não!
“Não fui eleito para ser líder do PT, muito menos do prefeito. Sou presidente de um poder grande, o Legislativo municipal, e vou agir como tal”, respondeu à coluna o presidente da Câmara Municipal de Rio Branco. Ele reage a questionamentos de que seria apenas mais um a presidir a casa se comportando como um apêndice da prefeitura.
Relação com a prefeitura
Manuel Marcus é também pastor da igreja Universal e está no segundo mandato. Embora não tenha ficado entre os mais votados, acabou eleito presidente pela relação que mantém com a prefeitura, de onde partiram as articulações que resultaram na vitória dele.
Segue a entrevista:
Coluna – Todo presidente diz que vai garantir a autonomia do poder, mas acaba virando apêndice da prefeitura. Será que o senhor será diferente?
Manuel Marcus – Vamos esperar para ver. Isso aqui é um poder muito forte e isso precisa ser exercitado.
Coluna – Me diga como tornar um poder desse independente a despeito dos vícios de anos?
Manuel Marcus – Basta deixar o debate fluir democraticamente. A oposição precisa ter voz. E eu vou deixar o debate andar.
Coluna – Financeiramente a Câmara é viável. Tanto que ao final dos exercícios os presidentes devolvem dinheiro. O senhor fará o mesmo?
Manuel Marcus – De jeito nenhum. Sou crítico dessa devolução de dinheiro. Precisamos construir uma nova sede.
Coluna – Obrigado, vereador e pastor Manuel.
Manuel Marcus – Eu que agradeço e aproveito para convidar a imprensa a cobrir a Câmara. Já comprei três computadores para os jornalistas e mandei instalar.
Aqui não
Um grupo de moradores da Estação Experimental enviou fotos à coluna de ruas esburacadas e reclamando do prefeito. Mandei de volta. Todos do grupo votaram nele. Reclamem para ele.
“Artes parciais”
Outro grupo que sempre vota 13, a pedido do secretário do Iteracre, Nil Figueiredo, é o de artes marciais, que pretendem disputar uma competição no Paraná e estão nos principais semáforos de Rio Branco pedindo ajuda para a viagem. Orientei a procurar o governo, que sempre apoiam nas últimas eleições.
Piada
Se o governador Tião Viana (PT) não tem conseguido sequer discutir a insegurança no Acre, imagina a vice-governadora, Nazaré Araújo, que parece uma taça de cristal.
Informação da PM
Só a título de informação: o comandante da Polícia Militar recebe R$ 8 mil a mais que seu soldo de coronel e o subcomandante recebe R$ 6 mil. Ou seja: preferem naturalmente os padrinhos políticos à caserna.
Exclusão
Virou quase consenso sobre os feriados de hoje e segunda-feira, dias do Evangélico e do Católico, respectivamente. São excludentes. O Estado é laico.
Sumido
Quem despareceu depois da eleição passada foi o vereador Raimundo Vaz (PR). Não tem sido visto nem mesmo no Calafate, sua terra natal.
Depressão
Outro que estaria depressivo depois do mandato é o ex-prefeito de Assis Brasil, Doutor Betinho (PSDB).
Maltratado?
Um dirigente do PSDB ligou para dizer que Marcio Bittar nunca foi maltratado no partido. E explicou mais: é que ele não é mais presidente.
Humildade
Se alguém nunca viu um político humilde é bom visitar o prefeito de Capixaba, o Zé Augusto (PP) Se depender só disso, será o melhor prefeito da atual safra.
Vagner senador
Explicação da advogada Valdete Souza, presidente do PMN, para o fato de a candidatura de Vagner Sales (PMDB) ao Senado não ter empolgado ninguém na oposição: “Com ele candidato ao Senado, a mulher a estadual e a filha a federal ai era melhor colocar o Fagner, filho dele, candidato a governador, para completar logo tudo”.
Telefonema do senador
Uma ligação do senador Gladson Cameli (PP) para um prefeito do interior muda até o rumo das nuvens, segundo um deputado estadual, se referindo a eleição da Amac.
Só dinheiro
O sucesso de qualquer um dos novos vereadores para garantir uma cadeira na Assembleia Legislativa é juntar dinheiro. Não adianta virar o “ziza” na Câmara que não virar deputado.
Velho mascate
Os contatos para críticas à coluna são: 99922- 2118 ou [email protected]. Também negocio terras no Acre, como um bom e velho mascate.