O comportamento climático no último mês preocupou as autoridades da área de meio ambiente. Segundo levantamento dos institutos de pesquisa e climatologia, a precipitação pluviométrica em setembro deste ano foi 20% menor que a registrada nos mesmos períodos dos últimos 12 anos.
Durante cinco dias seguidos o Rio Acre apresentou as menores cotas da série histórica, iniciada em 2005. O nível do manancial permanece abaixo dos dois metros e já causa transtornos para o abastecimento da capital.
A exemplo do que ocorre em Rio Branco, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) também encontra dificuldades para captar água em outras cidades. Na última semana o Estado anunciou nova estratégia para abastecer os domicílios do Bujari.
“O reservatório da cidade alcançou níveis muito baixos e nos obrigou a adotar outras medidas para manter o abastecimento de água potável no município. A situação é preocupante, requer atenção total do poder público e a compreensão da população”, disse Miguel Félix, superintendente do Depasa Rio Branco.
Medidas mitigatórias
O Cadastro Ambiental Rural (CAR), que no Acre mapeou pelo menos 52 mil propriedades rurais, prevê uma série de medidas para minimizar os dados causados ao meio ambiente.
O estado se prepara para implantar o Programa de Recuperação Ambiental (PRA), que vai estabelecer critérios para implementação dessas ações mitigatórias. Segundo o secretário de Meio Ambiente do Acre (Sema), Edegard de Deus, áreas de nascente e matas ciliares precisam ser reflorestadas.
“Nós estamos vivendo um dos períodos mais críticos da história do Acre nos últimos 40 anos. Umidade relativa do ar a níveis muito baixos, poucas chuvas e temperaturas altíssimas. Esse não é um fenômeno restrito ao Acre, é uma situação constatada no país inteiro”, afirmou o titular da Sema.
