25 de abril de 2024

Mais de 15 mil fiéis católicos são aguardados na 116º Festa de São Sebastião em Xapuri

Um dos maiores mártires da igreja católica é conhecido e celebrado por mais de 2 mil anos em todo o mundo. São Sebastião é ícone de várias expressões artísticas e religiosas.

A festa comemorada tradicionalmente em Xapuri por religiosos de todo o Estado e de alguns outros lugares do Brasil, que visitam o município na data festiva, deve reunir neste ano mais de 15 mil pessoas. Público deve ser o maior em 10 anos.

A celebração é realizada há mais de 115 anos na cidade, completando a sua 116º edição. A festa de São Sebastião foi iniciada no dia 6 de agosto de 1902, quando um grupo de cem pessoas saiu em procissão pelas ruas de Xapuri, que ainda era um vilarejo, dando início a uma das mais importantes manifestações religiosas e culturais do Acre.

Fiéis carregam estátua de São Sebastião/Foto: ContilNet

Nomeado para a Guarda Pretoriana (guarda pessoal) dos imperadores Diocleciano e Maximiano, Sebastião não ficou muito tempo no cargo, sendo condenado a morrer perfurado por flechas por volta de 286 d.C., acusado de ter uma conduta branda com os cristãos. Sebastião se tornou santo padroeiro de várias cidades do Brasil. No Acre, é venerado em quatro municípios: Xapuri, Epitaciolândia, Marechal Thaumaturgo e Mâncio Lima.

Vários líderes políticos, empresários e equipes de reportagem de todo o Estado, prestigiam o evento religioso. De acordo com um dos organizadores da festa paroquial em homenagem ao santo padroeiro, Nader Sarkis, o novenário já é um ícone de caracterização do Estado e um momento de fé que deixou muitas graças na vida de milhares de devotos.

“A festa de São Sebastião em Xapuri já caracteriza a cultura de fé do Estado, além de ser o movimento onde os milagres de Deus sempre acontecem. Estamos ansiosos pelo evento e cremos que será uma benção”, comentou.

Milhares de pessoas passam pela igreja de São Sebastião para pagar promessas, rezar e acender velas/Foto: ContilNet

Na igreja São Sebastião o trabalho de organização da festa é incessante. Tanto a equipe que cuida da parte litúrgica das celebrações, quanto aquelas que organizam os bingos e leilões, se esforça para que tudo aconteça conforme planejado.

O último dia do novenário, que acontece neste sábado (20), tem a procissão pelas principais ruas do município, com a passagem da imagem do santo, animada por ministérios musicais e milhares de fiéis entoando cânticos, salmos e orações.

A realização cresceu e extrapolou a esfera religiosa. Os dias de janeiro que antecedem a data da grande procissão são marcados pela chegada de uma grande multidão de romeiros, turistas e comerciantes à cidade que, por vezes, triplica o número de habitantes da zona urbana.

A figura do Santo já foi confeccionada para o préstito, ornada por flores e pedidos escritos.

Fé, milagre e devoção

Os devotos, geralmente, alcançam muitas graças de seus intercessores e nessa intenção que os romeiros, tradicionalmente, seguem os dias que se celebra a figura de seus “milagreiros”.

O ferreiro autônomo, José Ribamar, natural da cidade de Sena Madureira, disse em entrevista concedida à ContilNet na manhã de quinta-feira (18) que venceu o alcoolismo de mais de 20 anos, a partir de uma promessa feita a São Sebastião.

São Sebastião era um soldado romano que foi martirizado/Foto: Reprodução

“O álcool era muito forte em mim. Surgiram a partir dele vários problemas familiares, discussões e intrigas. Quando uma cunhada fez a promessa para São Sebastião, alcancei a graça e parei de beber”, comentou.

Ribamar conta que, desde que saiu do vício no ano de 1997, acompanha os novenários anuais e se sente muito feliz em poder participar do momento de fé.

“Deus, por intercessão de São Sebastião, me concedeu a graça de não depender do álcool para sobreviver. Estou aqui, com fé e acreditando que os milagres existem e são possíveis”, finalizou.

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