26 de abril de 2024

Filho de Edmundo cita Odebrecht e avisa: “Vou encontrar você assassino, traidor da confiança do meu pai!”

As cicatrizes deixadas no coração do menino de 12 anos, após o assassinato do seu pai, ocorrido há 27 anos, ainda sangram. Rodrigo Pinto, hoje com 44 anos, lembra como se fosse hoje tudo o que ocorreu com o seu pai, Edmundo Pinto de Almeida Neto, naquela noite macabra do dia 17 de maio de 1992, no apartamento 707 do Hotel Della Volpe Garden, na Rua Frei Caneca na capital paulista.

Edmundo havia assumido o governo do Acre a pouco mais de um ano, na época em que foi assassinado. A polícia paulista concluiu o inquérito afirmando que ele foi vítima de latrocínio, mas há quem diga que ele pode ter sido assassinado por disputas partidárias ou queima de arquivo.

Rodrigo: “Eu vou encontrar você na cadeia, ou então você vai para o inferno, onde você merece estar”

Neste domingo (10), Rodrigo Pinto, primogênito de Edmundo postou um vídeo em uma rede social onde passa a impressão que sabe quem é o assassino de seu pai. “Eu vou encontrar você, assassino covarde, traidor da confiança do meu pai! Eu vou encontrar você na cadeia, ou então você vai para o inferno, onde você merece estar”, disse o filho de Edmundo.

Ele disse que o assassino de seu pai já está pagando pelo que fez. “Você já está pagando pelos seus pecados. Seus filhos se perderam muito, você não tem legado, não tem sobrenome para a sua próxima geração. A realidade é essa, durma com esse raciocínio. Você não tem mais filhos porque seus filhos te odeiam pelo que você é”, ataca.

Edmundo Pinto foi assassina em 1992, em São Paulo

Rodrigo diz que está com 44 anos de idade, mas não consegue se livrar dos pesadelos que atormentam a sua vida todos os dias. “Na época eu tinha 12 anos, hoje tenho 44 e vou carregar esse fardo, essa ferida para o resto da minha vida. Não interessa o tempo que passe. A dor, o sofrimento, os pesadelos são diários”, desabafa.

Ele diz que as autoridades paulistas embalsamaram o corpo de seu pai e o blindaram em uma capsula para esconder as atrocidades sofridas durante o tempo em que Edmundo lutou com seu assassino.

Sobre o documento produzido pela Netflix, Rodrigo diz que é chulo, vagabundo e intencional. “Mostra um crime passível, comum. Mas vou escrever uma carta aberta ao Moro e ao Bolsonaro pedindo a reabertura do caso Edmundo Pinto”, avisa.

Para Rodrigo, o crime aconteceu por conta da lavagem de dinheiro, que segundo ele, ocorria durante o governo Fernando Collor nos ministérios e em diversas empresas. Em sua fala, ele cita a Odebrecht como a empresa que havia ganhado a licitação para construir o Canal da Maternidade, que segundo vários depoimentos da época, teria sido o principal pivô da morte de Edmundo Pinto.

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