A prostituição assola a sociedade durante muitos anos, quem pensa que esse tipo de problema social afeta somente mulheres, engana-se. No município de Cruzeiro do Sul, á 632,2 km, da capital Rio Branco, Transexuais vendem seus corpos como se fosse mercadoria, essa é a única saída para não passar fome.
Foi o que aconteceu com a transexual Kaity Vitória, de 22 anos. Ao ser expulsa de casa com apenas 17 anos, por seus pais não aceitarem sua opção sexual, sua única saída, como forma de sobrevivência, foi vender seu corpo. Juntamente com amigas que passaram por situações parecidas, elas ficam nas ruas da cidade, especificamente, numa pracinha localizada atrás da Catedral Nossa Senhora das Glória.
Questionada sobre outras oportunidade de vida, a jovem disse que deixaria a prostituição se tivesse outros meios de sobrevivência.
“As vezes eu até gosto, mas é complicado dormir com alguém que não se conhece. Muitas vezes somos obrigadas a aceitar preços como R$ 40,00 reais ou menos, para sair com alguém, o que é muito pouco. Já percebi que aqui nessa cidade, não tem como termos um emprego normal, o preconceito ainda é grande”, disse Kaity.
Para se entender a prostituição, é preciso analisar a organização social; ou seja, quais são os reais motivos que levam os homossexuais a essa atividade, para o “comércio do corpo”. Pode-se destacar vários fatores que são responsáveis por isso, a desigualdade social está no topo. O mercado não dá oportunidade á todos.
ALGUNS HOMENS PREFEREM…
Durante a conversa com uma outra travesti, que preferiu não se identificar, ela ressaltou que a “maioria dos homens de Cruzeiro do Sul, gostam do serviço” que é oferecido. A maioria dos clientes chegam em carros, com vidro fumê, e saem para locais específicos da cidade.
A polêmica: “Homens casados também frequentam o local e gostam do programa”, disse.
“Aqui não ficam apenas travestis. Existem mulheres que aproveitam do local, para se prostituirem também; só que, na maioria das vezes, os homens preferem sair com um travesti. O motivo? Não sei explicar, mais deve ser porque o serviço é bem feito”, finalizou.