O magnata sul-coreano Lee Kun-hee, que transformou a Samsung na maior produtora de smartphones, TVs, chips e outros eletrônicos, morreu, aos 78 anos, neste domingo (ainda sábado no Brasil) em um hospital de Seul.
O empresário, considerado o homem mais rico da Coreia do Sul, morreu cercado por membros de sua família, segundo informou um comunicado divulgado pela Samsung, quando ainda era o fim da noite de sábado no Brasil, sem mencionar a causa da morte.
Sua fortuna é estimada pela Bloomberg em US$ 20,7 bilhões, o equivalente a quase R$ 118 bilhões.
Ele foi submetido a uma cirurgia em 2014 após sofrer um ataque cardíaco e também se tratou de um câncer de pulmão no final dos anos 1990.
“O presidente Lee foi um verdadeiro visionário, que transformou a Samsung em líder global de inovação e uma potência industrial a partir de um negócio local”, diz o texto divulgado pela Samsung. “Seu legado ficará para sempre”.
Lee, que mantinha o cargo de presidente do conselho de administração da Samsung, costumava aconselhar seus empregados a “mudar tudo, exceto sua mulher e filhos” enquanto liderava a companhia sul coreana a investir em inovação para desafiar rivais como a japonesa Sony.
Pequena empresa se tornou império global
Ele herdara a empresa, ainda pequena, do pai, e a fez crescer com uma forte proximidade do governo de seu país.
A Samsung é hoje o maior dos grupos empresariais familiares da Coreia do Sul e vinha sendo administrada pelo filho de Lee desde que o pai sofreu o ataque cardíaco, há seis anos.
O herdeiro Lee Jae-yong era um dos membros da família presentes no momento da morte do pai. Em comum, pai e filho enfrentaram acusações de corromper presidentes da Coreia do Sul. Lee também foi processado por crimes fiscais.
Apontado como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time, dos EUA, em 2005, Lee iniciou uma reestruturação da Samsung depois de ver produtos da empresa empoeirados numa loja de eletrônicos de Los Angeles. É o que diz o livro “A história de Lee Kun Hee”, biografia publicada em 2010 por Lee Kyung-sik. [Capa: Steve Marcus/Reuters]