Desmatamento de florestas na Amazônia aumenta 312%, aponta Inpe

Ferramenta do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), que fiscaliza ações de desmatamento na região, detectou que o índice de desmatamento do mês de maio, registrou um aumento de 312% em relação ao mesmo período do ano passado. É o terceiro mês de recorde de desmatamento, mostram os números.

De acordo com o levantamento, as florestas protegidas, que são fiscalizadas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), registraram 11.296 hectares de desmatamento, número bem superior ao registrado em maio de 2020, quando 2.741 hectares de florestas foram perdidos. Os números se referem à devastação registrada especificamente em unidades de conservação.

As medições oficiais são feitas entre agosto e julho do ano seguinte. Entre agosto de 2020 e maio de 2021, as unidades de conservação somam 33.820 hectares de mata devastada. Esse volume é 40% superior ao verificado entre agosto de 2019 e maio de 2020, intervalo que registrou 24.165 hectares de florestas perdidas.

Na última semana, foi autorizada pelo governo federal uma nova operação militar na Amazônia liderada pelo vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que vai focar em áreas onde ocorrem os mais altos índices de queimadas e desmatamento. No estado do Pará, serão priorizados São Félix do Xingu, Altamira, Novo Progresso, Pacajá, Portel, Itaituba e Rurópolis. No Amazonas, as ações se concentrarão na região de Apuí e Lábrea. Em Mato Grosso, a região de Colniza deve receber reforço, assim como Porto Velho, em Rondônia.

No Brasil, existem 334 unidades de conservação federais. As unidades localizadas no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais, que somam 3,4% do território protegido, concentram 27% do quadro de servidores do ICMBio, enquanto Amazonas e Pará, que detêm 55% da área federal protegida, contam com tão somente 14,6% dos servidores.

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