Secretário ‘chama’ MPE-MS a atuar ao lamentar ação de prefeito da Capital

CAMPO GRANDE (MS) – O secretário estadual de Saúde Geraldo Resende na noite de ontem, pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) lançou uma nota oficial do Estado esclarecendo posições, avisando a autoridades sobre suas responsabilidades e que as mesma no casos dos prefeitos, é que irão arcar com toda consequência da Pandemia da Covid 19 no seu município. E na sequencia, ontem e ratificando nesta terça-feira (15), ele lamentou a posição tomada pelo prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, que acabou de vez com o mal iniciado Lockdown na Capital, como noticiamos no inicio da noite desta segunda-feira.

“Fui pego de surpresa também e questionei e fico me perguntando o que levou o prefeito a romper um compromisso que tinha a sua própria assinatura e o aval de dois de seus secretários e o procurador do Município”, questiona Geraldo.

Com isto, agora o secretário disse que quem pode ‘decidir’ é o MPE-MS (Ministério Público Estadual” com o Judiciário e que vai esperar que os mesmo vejam a questão. “Seguramente quem fiscaliza questões do tipo dos Executivos é o MPE. Creio que eles estão atentos a essa questão e deverá tomar as providências cabíveis. Mas, o que eu mais espero, porém, é que essa medida não resulte em mais mortes por Covid em nossa Capital”, exclamou o secretário.

O fala de Resende sobre a situação e o MPE, é porque o prefeito Trad, publicou no meio da tarde de ontem, decreto municipal desrespeitando as medidas restritivas orientadas pela classificação de riscos por cores de bandeiras do Programa Estadual de Saúde e Segurança da Economia (PROSSEGUIR). Os critérios, que seriam superiores aos dos Municípios,  apontaram Campo Grande e outras 42 cidades do Estado em bandeira cinza, risco avançado da Covid. As regras foram deliberação do Comitê Gestor do Prosseguir em 9 de junho de 2021 . E a classificação permite o funcionamento apenas de atividades consideradas essenciais e o governo decretou ‘Lockdown’ a 50% dos municípios de MS.

Secretários municipal e estadual de Saude em assinaturas de abertura de UTI com prefeito ao centro ( Foto: Saul Schramm)

Prefeito re-reclassificou a cidade

O decreto municipal, fez o prefeito da cCpital, por sua própria conta, reclassificar Campo Grande com a bandeira na cor vermelha, assumindo os riscos de um eventual aumento no número de casos de Covid-19 na Capital, nos óbitos, bem como uma superlotação ainda maior e falta de leitos de UTI na macrorregião de Campo Grande.

Segundo Geraldo Resende, a decisão do prefeito se torna ainda mais questionável tendo em vista que na quinta-feira (10), o prefeito de Campo Grande, juntamente com o secretário municipal de Saúde José Mauro, o secretário de Governo Antonio Lacerda e o procurador Geral do Município Alexandre Ávalo estiveram reunidos na Secretaria Estadual de Saúde.

Neste encontro, Marquinhos Trad entregou um documento se comprometendo a seguir as medidas restritivas impostas pela bandeira Cinza do Prosseguir e solicitando prazo de 72h para o município se organizar para adotar as medidas necessárias.

Situação MS

Mato Grosso do Sul se encontra em um dos piores momentos da pandemia contra COVID-19, com média diária de 40 óbitos e 1.605 casos novos de Covid, totalizando 7.517 vidas perdidas pela doença e 314.445 casos confirmados de Coronavírus.

As quatro macrorregiões do Estado estão com ocupação global entre 90% e 100%, chegando a extrapolar o percentual de 100% para leitos de UTI pelo SUS. 182 pessoas aguardam no Estado por leitos, sendo 92 pacientes internados em unidades de Saúde de Campo Grande aguardando por leitos adequados.

Devido à falta de leitos, 31 pessoas tiveram que ser enviadas para serem internadas em outros Estados, sendo cinco moradores de Campo Grande.

O Estado já havia até adiado ‘Lockdown’ registrando mais alta de 46 mortes e 2252 casos Covid

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