25 de abril de 2024

Proeza: com chegada de Minoru, Gladson coloca na sua base os três principais candidatos à Prefeitura no ano passado

Sob as asas

O governador Gladson Cameli (PP) conseguiu algo inédito e curioso na política acrena, colocou os três candidatos melhores posicionados nas últimas eleições para a Prefeitura de Rio Branco sob as suas asas, na base governista. O eleito, Tião Bocalom (PP), é do mesmo partido de Gladson e naturalmente um aliado do governador; a segunda colocada, que chegou a ir ao segundo turno, Socorro Neri, é hoje uma das principais secretárias do governador, ocupando a pasta da Educação; já o terceiro colocado, o ex-reitor da Ufac Minoru Kinpara (PSDB), apesar de fazer parte de um partido da base de Gladson, até ontem, quando se reuniu com o governador e disse que apoiará sua reeleição, nunca havia afirmado ser governista. Num passado recente, Kinpara andou flertando com outro palanque, o do senador Sérgio Petecão (PSD).

Nó tático

Como se diz na linguagem do futebol, Gladson deu um nó tático na política acreana e nos seus adversários. Na política geralmente se leva tempo para reunir adversários políticos recentes em projetos em comum. O que o governador fez, foi a proeza de em um intervalo de um ano reunir três adversários na sua base de apoio ao governo. Outra curiosidade que Gladson carrega é a de reunir na sua base cinco pré-candidatos ao Senado.

Pecar pelo excesso

Com tanta gente lhe circundando, o governador precisa ter cuidado para não pecar pelo excesso. Entre os ex-prefeituráveis a situação parece estar resolvida, com cada um no seu quadrado. Mas a briga do Senado é algo que Gladson precisa resolver, e com tantas candidaturas envolvidas, vai ser difícil que todo mundo saia dessa briga em clima de paz e sem rusgas.

Base sim, palanque não

O prefeito Tião Bocalom, apesar de ser do mesmo partido e da base governista de Gladson, não estará no seu palanque em 2022. O prefeito já explicou o motivo: vai apoiar o senador Sérgio Petecão, seu principal fiador na eleição passada. Nas palavras do próprio Bocalom, ele seria muito “ingrato” se não retribuisse o apoio político.

Câmara Federal

Se durante o flerte entre Minoru e Petecão, a discussão era uma possível candidatura do ex-reitor ao Senado, caminhando com Gladson o pleito de Kinpara é a Câmara Federal. A informação foi passada pelo próprio governador ao ContilNet nesta quarta (18). Também pudera, mais um pré-candidato ao Senado na base do governador e ele já poderia pedir música no Fantástico.

IMC

A ida de Minoru para a base de Gladson já tem rendido frutos à família Kinpara. O governador Gladson Cameli anunciou hoje que a esposa de Minoru, a professora universitária Degmar Kinpara, será a nova presidente do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais do Acre (IMC). De acordo com Cameli, a ida de Degmar para o IMC é um desejo antigo dele, que só não havia sido concretizado por conta de questões político-partidárias, que “atravessavam” as negociações.

Rasteira

Circula nos bastidores da política acreana que o governador Gladson Cameli está tentando trazer de volta para a sua base o seu arqui-inimigo político, o prefeito de Sena Madureira, Mazinho Serafim (MDB). Mazinho, que não queria ver o governador nem pintado de ouro, já soltou até elogios direcionados a Cameli, e tudo registrado em vídeo. Se a ida de Serafim para o palanque de Cameli se concretizar, será a maior rasteira aplicada pelo governador (até agora) em seu principal adversário, o senador Sérgio Petecão, que já afirmou considerar o prefeito de Sena como um irmão.

Muito chão

O governador Gladson Cameli confirmou ao ContilNet que pelo menos até dezembro não define nada sobre sua chapa. O gestor argumentou que ainda tem “muito chão pela frente”. Ou seja, a confusão sobre quem vai compor a dobradinha pro Senado com o governador deve durar até o ano que vem. Segundo Gladson, o nome do vice também só será revelado em 2022. Haja coração!

Palanque

Um dos principais críticos à gestão do governador Gladson Cameli na Aleac, o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), foi acusado pelo chefe do Executivo estadual de querer “palanque”. De acordo com Gladson, a insistente posição de Magalhães em defesa do chamamento dos aprovados em cadastro de reserva no concurso da Polícia Civil, feito na gestão passada, é muito mais uma tentativa de enrolar o governador para que ele fique inelegível nas eleições do ano que vem do que uma defesa dos aprovados.

Desceu o sarrafo

Ainda remoendo sobre as acusações que recebeu do deputado estadual Daniel Zen (PT) na última terça (17), na tribuna da Aleac, o senador Marcio Bittar (MDB) gravou um vídeo descendo o sarrafo no PT. De acordo com o senador, orçamento paralelo foi “quando o PT desviou bilhões de reais da Petrobrás para financiar o ‘mensalão’, para comprar o apoio dos parlamentares”. Sobrou até para a ex-senadora Marina Silva (Rede), que já não milita no PT há mais de uma década. “Naquele governo, a Marina Silva fez parte como ministra e se calou, nunca deu um pio. Isso só prova que pra turma da esquerda, bandido bom é aquele da sua corriola”, disparou.

Chegou junto

Depois do rebuliço que a notícia de um possível rompimento entre a prefeita de Brasileia Fernanda Hassem (PT) e o governador Gladson Cameli causou, a petista vem tentando contornar a situação. Hassem esteve em Rio Branco nesta quarta (18), e se reuniu com o governador na Casa Civil em Rio Branco. Na pauta, as demandas da cidade que governa e as parcerias com o governo estadual. “Estamos com várias frentes de trabalho em Brasileia, tanto na área urbana quanto na área rural, mas nesse momento nossa prioridades são obras de infraestrutura e aproveitar o verão para que possamos avançar os trabalhos nos ramais”, disse a prefeita. O secretário adjunto da Secretaria Extraordinária de Assuntos Governamentais (Segov), Ítalo Medeiros, também participou da reunião.

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