Fundhacre retoma cirurgias bariátricas

A cirurgia bariátrica, popularmente conhecida como “redução de estômago”, tem o poder de transformar vidas, sobretudo em relação aos casos mais graves de obesidade. A Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) iniciou nesta terça-feira, 14, em Rio Branco, a retomada desses procedimentos.

A Fundhacre dispõe de um programa de obesidade que atendeu 35 pacientes entre 2019 e 2020. O governo do Estado tem buscado impulsionar a continuidade das cirurgias desse tipo ainda este semestre.

Programa de Obesidade

O Programa de Obesidade está presente em 22 capitais do Brasil, incluindo Rio Branco. A Fundhacre, que anteriormente realizava o procedimento tradicional, conhecido como “barriga aberta”, adotou, a partir de 2019, a realização de cirurgias bariátricas por videolaparoscopia (vídeo).

Paciente do programa naquela unidade hospitalar, antes de ir para o centro cirúrgico, Neuza Saar Xavier afirmou: “Minha expectativa é a mudança de vida, a melhoria da saúde, além desse procedimento ser um sonho. Sinto um frio na barriga e estou muito feliz”.

Há muitos benefícios motivados pela cirurgia bariátrica, o maior é a redução de doenças associadas à obesidade, como diabetes e hipertensão; além disso, há uma melhoria geral na qualidade de vida. Assim, o preparo pré-operatório do paciente para a cirurgia é fundamental, pois reduz as chances de possíveis complicações e aumenta o sucesso do procedimento.

Equipe cirúrgica durante procedimento. Foto: Danna Anute

“É importante que a comunidade saiba que o Programa de Obesidade é um serviço consolidado no Estado, sendo um dos mais completos da Região Norte. Nossa equipe multidisciplinar contempla mais de seis especialidades, pelas quais passam todos os pacientes até a efetivação da cirurgia. Os esclarecimentos e orientações não pararam e continuamos organizando as demandas para dar vazão ao serviço”, relatou o coordenador administrativo do programa, Alyson Morais.

O fato de a Fundhacre contar com núcleos multidisciplinares de endocrinologia, fisioterapia, psicologia, nutrição e outros permite que o processo clínico e cirúrgico alcance o resultado esperado programado nas consultas.

Paciente aguarda na enfermaria o procedimento cirúrgico. Foto: Cedida

“São 35 vidas mudadas, num casamento ad eternum, quer dizer, um acompanhamento contínuo entre pacientes e a equipe multiprofissional. Desde 2019 o programa tem experimentado mudanças, e o atual governo potencializou insumos e materiais para que fossem realizadas as cirurgias”, destacou o cirurgião bariátrico e coordenador-geral do Programa de obesidade, Romeu Delilo.

Cirurgião bariátrico Romeu Delilo e o residente Vitor Oliveira. Foto: Danna Anute

Com o apoio do governo do Estado e a participação ímpar do Hospital Alemão Osvaldo Cruz, que proporcionou um curso para os profissionais em São Paulo, a equipe multidisciplinar da Fundhacre se capacitou para acolher os pacientes da bariátrica desde o pré-operatório até o pós-operatório, sendo que há uma assistência durante dois anos.

“A Fundhacre trabalha para realizar benfeitorias para os pacientes, sobretudo para os que estão inclusos no programa de obesidade, e fazemos isso juntamente com a Secretaria de Estado de Saúde do Acre [Sesacre]. A saúde acreana tem melhorado a rede de cuidados em todas as especialidades médicas”, disse o presidente da Fundhacre, João Paulo Silva.

Legislação

O Ministério da Saúde, por meio do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) no Brasil, anos 2011-2022, definiu priorizar a execução dos investimentos necessários para o enfrentamento da obesidade. Por isso, a portaria n°482 de 2017 incluiu o procedimento de cirurgia bariátrica por videolaparoscopia no Sistema Único de Saúde (SUS).

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