Arnaldo Jabor: conheça as 5 principais causas de AVC e como evitar

O jornalista e cineasta Arnaldo Jabor morreu, nesta terça-feira (15/2), aos 81 anos, vítima de complicações de um AVC isquêmico. Ele tinha sido internado em 20 de dezembro de 2021, e chegou a ser submetido a um procedimento para desobstrução de coágulo. Porém, de acordo com a família, não resistiu e faleceu durante a madrugada.

O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro, e pode acontecer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo, que dão origem ao AVC isquêmico, como o de Jabor, ou sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma, causando o AVC hemorrágico.

Quando esta situação acontece, as sequelas dependem da gravidade da lesão cerebral e do tratamento adequado, sendo comum ficar com fraqueza em um lado do corpo ou dificuldade na fala, por exemplo. Por isso, é importante focar em terapias de reabilitação para diminuir qualquer tipo de dificuldade que tenha permanecido.

Causas do AVC isquêmico

É causado pela obstrução de algum vaso que leva sangue ao cérebro. Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. Ele pode acontecer devido a:

1. Tabagismo e má alimentação

Hábitos de vida como o tabagismo, o consumo de alimentos ricos em gorduras, frituras, sal, carboidratos e açúcares, aumentam o risco de acúmulo de placas de gordura, também chamadas de aterosclerose, nos vasos sanguíneos do cérebro e em vasos importantes para a circulação do órgão. Quando isso acontece, o sangue não consegue passar e as células da região afetada começam a morrer por falta de oxigênio.

Como evitar: adotar uma alimentação mais saudável, com dieta rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar.

2. Pressão alta, colesterol e diabetes

Doenças como pressão alta, colesterol alto, triglicerídeos altos, obesidade ou diabetes são os maiores fatores de risco para a formação e acúmulo de placas de gordura e desenvolvimento de inflamações nos vasos sanguíneos, que podem desencadear o AVC.

3. Defeitos no coração ou vasos sanguíneos

Alterações no coração, como arritmia, dilatação, alterações no funcionamento do músculo cardíaco ou de suas válvulas, assim como a presença de um tumor ou calcificação, contribuem para a formação de coágulos, que podem chegar ao cérebro pela corrente sanguínea.

Como evitar: estes tipos de alterações podem ser detectadas em consultas de rotina com o médico, e, caso sejam identificados, devem ser acompanhados. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes.

4. Uso de drogas ilícitas

O uso de drogas ilícitas, principalmente as injetáveis, como heroína, por exemplo, favorece a lesão e os espasmos nos vasos sanguíneos, o que pode contribuir para a formação de coágulos e, consequentemente, AVC.

Como evitar: nesses casos, o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente e diminuir as chances de AVC.

5. Outras causas

Outras situações menos comuns para a ocorrência de um derrame cerebral, e que devem ser investigadas principalmente quando ele acontece em pessoas jovens, são as doenças que causam maior coagulação do sangue, como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue.

O AVC tem cura?

O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas.

Além disso, é possível que o corpo se recupere de boa parte dos sintomas e dificuldades que surgem com o AVC. Porém, o tratamento depende de acompanhamento com neurologista e de uma série de procedimentos de recuperação, como:

  • Fisioterapia, que ajuda a recuperar a parte motora e desenvolver os movimentos;
  • Terapia ocupacional, que estimula a preparação de estratégias para diminuir efeitos das sequelas do AVC no dia-a-dia, adaptações de ambiente e utensílios, além de atividades para melhorar o raciocínio e movimentos;
  • Atividade física, feita, de preferência sob orientação do educador físico, para fortalecer os músculos e ajudar na independência, equilíbrio e bem-estar da pessoa;
  • Nutrição, ajuda a preparar os alimentos na quantidade, tipo e consistência ideal para cada pessoa;
  • Fonoaudiologia, é importante em casos de dificuldade para deglutir os alimentos ou de se comunicar, ajudando a adaptar estas situações.

Desta forma, mesmo que as sequelas do AVC não diminuam ou recuperem rapidamente, é possível melhorar a qualidade de vida da pessoa que convive com esta situação.

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