Ganhando metade do salário dos servidores da Capital, Educação de Sena se revolta com Sinteac

Professores e outros servidores da Secretaria Municipal de Educação de Sena Madureira estão revoltados com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac). O motivo foi a convocação feita pelo sindicato aos funcionários da educação estadual para um movimento de apoio à greve que foi deflagrada nesta semana.

Áudios enviados ao ContilNet, demonstram as insatisfações. Segundo um dos servidores, professores contratados pela Prefeitura de Sena recebem cerca de metade do piso atual.

“Com o aumento que o Estado quer dar, vai ficar em tornou de R$3 mil e no município em torno de R$1.500 e eu queria saber porque o Sindicato não convoca uma greve no município que paga a metade. É uma humilhação comparar com o Estado, tanto em condições de trabalho quando de salário.”, diz.

Há 20 anos o município de Sena Madureira não faz um concurso. Em outro áudio uma servidora alega que o sindicato só reivindica salário para os professores esquecendo o restante dos servidores da pasta.

“Não tem um benefício para nós. Se vamos para Rio Branco não tem um médico, uma casa decente para a gente ficar”, diz uma servidora que não se identificou e avisa que vai sair do sindicato.

A reportagem do ContilNet entrou em contato com a presidente do Sinteac, Rosana Nascimento, que informou que o sindicato mantém um núcleo em Sena Madureira, mas que há anos as negociações com a prefeitura enfrentam dificuldades.

“Lá a situação é a seguinte, há muitos servidores aposentados que continuam no quadro da prefeitura que vem e contrata provisórios o que faz com que a folha fique inchada, inviabilizando ganhos para a categoria. Todo ano as negociações enfrentam essa ‘pendenga’. Todos os anos o sindicato tenta avançar e a prefeitura alega isso”, diz.

Rosana disse categoricamente que a culpa não é do sindicato. “É a prefeitura que tem que resolver essa situação, fazendo uma leitura dos reais motivos de os salários serem isso, além de ao longo dos anos não ter havido interesse dos gestores quererem elevar o piso”, afirmou.

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