Policial mata pitbull e família questiona reação: ‘poderia ter feito tanta coisa, por que dar um tiro?’

Uma moradora de Ji-Paraná (RO) utilizou as redes sociais, nesta terça-feira (9), para denunciar que um policial militar matou sua cadela da raça pitbull com um tiro na cabeça. Segundo ela, a reação não foi adequada e a morte do animal poderia ter sido evitada.

Nas imagens gravadas após o ocorrido, Danielle Lisboa mostra a pitbull no chão e seu filho debruçado sobre o animal chorando, e relata que o animal morreu por conta do tiro disparado pelo PM que está do outro lado da rua. No fim da filmagem ele acena para a câmera.

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Tudo aconteceu próximo à casa de Danielle. Ao g1, ela relatou que o policial passou acompanhado de um cachorro, momento em que a Frida, cadela da família, conseguiu escapar por uma brecha nos tapumes que cobrem o muro que está em reforma.

“Em menos de 15 segundos eu ouço um barulho. Quando eu saí ela estava abatida no chão. Comecei a chorar, achei que era um carro, eu não reconheci o barulho de imediato como tiro, eu nunca tinha ouvido. Achei que era uma batida, uma moto, alguma coisa assim”, relembra.

De acordo com Danielle, pessoas que passavam na rua disseram que a cadela tinha levado um tiro. A morte do animal foi confirmada por uma veterinária.

No boletim de ocorrência, o policial militar alegou que estava fazendo atividades físicas com seu cachorro da raça rottweiler e agiu para se defender. A arma utilizada é de uso pessoal do agente.

Segundo os tutores da Frida, a reação do policial não foi adequada para a situação.

“A minha cadela não é agressiva. Ela não mordeu ele, ela não avançou nele, ela pode ter ido cheirar o cachorro dele como qualquer animal faz. Ele poderia ter gritado, poderia ter chamado o Corpo de Bombeiros dizendo que tinha pitbull solto na rua. Ele podia ter feito tanta coisa. Por que dar um tiro na cabeça?”, questiona Danielle.

A moradora relata que no dia do ocorrido, segunda-feira (8), ela relutou em divulgar o caso para não expor o policial. Mas como ele não retornou ou procurou a família para questionar ou conversar sobre o que aconteceu, ela decidiu publicar.

“Eu pensei e decidi publicar a imagem dele, impassível, dando “tchau” pro meu sofrimento e pro do meu filho. Depois que a polícia sai, ele sai, a vida dele segue em diante e a nossa não”, finaliza.

g1 entrou em contato com a Polícia Militar e também tentou contato com o policial, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria.

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