A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp) promoveu uma coletiva de imprensa para divulgar novas informações sobre a investigação sobre perfis no Instagram que surgiram fazendo ameaças para escolas no Acre. Durante a coletiva, segundo o diretor-geral da Polícia Civil do Acre (PCAC), Henrique Maciel, o criador do perfil falso no Instagram foi identificado e as medidas foram tomadas.
Foram identificados 3 perfis e as investigações seguiram em busca dos responsáveis e quais interesses haviam por trás dos usuários. “Dependendo do que o responsável do perfil pratica, caracteriza ato de terrorismo, que é um crime grave, que vai até 16 anos de prisão. É importante que os usuários entendam que crimes virtuais tem penas gravíssimas”, disse o delegado Robson Alencar, responsável pelo caso.
Ainda de acordo com o delegado, foram cumpridos busca e apreensão dos aparelhos celulares usados para a criação dos perfis no Instagram, além de um dos responsáveis que já foi ouvido pela polícia.
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O secretário de Justiça e Segurança Pública, coronel Américo Gaia, disse que após os acontecidos em Blumenau (SC), que teve proporção nacional, o Governo Federal moveu diversas ações e buscou uma interface com os estados com um compartilhamento com os estados, coordenados pelo Ministério da Justiça, que trouxe para as secretarias estaduais uma ação integrada, para que os estados que possuem delegacia voltadas para crimes cibernéticos possam acioná-las.
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“Após essa ação, muitas informações via internet foram veiculadas e muitos fakes foram colocados na internet, várias redes já foram suspensas por ações da justiça e não diferente aqui no Acre. O Acre também tomou todas as medidas preventivas com relação a esse fato ocorrido em outro estado, com ações diretamente ligadas a Polícia Civil que tem tomadas medidas cabíveis e identificando as pessoas que propagaram esses fake News já com alguns mandatos de busca e apreensão realizados já no estado do Acre com a celeridade das ações da Polícia Civil e com as ações também do Judiciário que prontamente respondeu as demandas da Polícia Civil para tratarmos de buscas e apreensões e de prisões e as pessoas envolvidas”, disse o secretário.
Ainda de acordo com o secretário, junto com as ações de investigações, a Polícia Militar já vinha adotando ações de rondas e de policiamento preventivo nas escolas. “Já era uma prática da Polícia Militar trabalhar com policiamento escolar, inclusive de presença lá dentro e trabalhando também com outros órgãos como Ministério Público, judiciário, em ações preventivas nas escola”, falou.
Henrique Maciel também falou que através do trabalho realizado pela polícia, foi identificado e feitas as representações necessárias. “Prontamente tivemos a resposta da Justiça e já temos a identificação dessa pessoa e estamos trabalhando. A Polícia Civil está atenta, monitorando, para que ações dessa natureza não aconteça aqui no nosso estado”, disse.
Marta Renata, sub-diretora operacional da PM também falou sobre o policiamento escolar. “Desde o ano passado, nós reforçamos todo o policiamento escolar através de rondas não só na capital, mas também no interior. A gente está com policiamento reforçado, nós não estamos tendo aulas na Rede Pública de ensino, mas ainda assim reforçamos a situação no interior e nas escolas particulares”, acrescentou.
O delegado Robson também falou que o uso das ferramentas digitais são facilmente identificadas pela polícia. “A partir da criação de um perfil de ameaças em meio digital, a gente consegue identificar. Os perfis que foram divulgados pela imprensa já foram plenamente identificados, inclusive foram cumpridos busca e apreensão, inclusive oitiva dos envolvidos. Não vamos divulgar nomes, nem se é menor, porque o trabalho da Polícia Civil nesse momento é demonstrar para a sociedade que nós estamos acompanhando, que as investigações estão sendo feitas e nós estamos evitando que haja um possível ataque. Até esse momento nenhum tipo de planejamento foi identificado pela Polícia Civil”, finalizou.