Esclarecimento: animais de rua não transmitem Febre Maculosa; especialista se posiciona

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), ainda não houve nenhum caso confirmado de febre maculosa

Nesta terça-feira (20), o ContilNet entrevistou uma paciente que afirmou ter tido contraído a Doença do Carrapato no Acre. Assim como noticiado na matéria, Emanuele Said disse que foi informada no hospital que foi infectada por outro tipo de carrapato, o comum, diferente do estrela, causador da Febre Maculosa, que preocupa as autoridades sanitárias do país após o recente surto.

SAIBA MAIS: URGENTE: acreana diz que foi diagnosticada com doença do carrapato

A doença infecciosa é transmitida através do carrapato-estrela infectado e para a qual não há vacina/ Foto: G1

Porém, ao falar da forma que havia sido infectada pela doença, a acreana associou a doença à carrapatos de animais de rua, como gatos e cachorros abandonados.

Lembramos que a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. A febre maculosa é causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato.

O médico infectologista, Thor Dantas, explica que a bactéria ainda não circula no Acre e que a doença é transmitida especificamente pelo carrapato silvestre, do cavalo e da capivara. “Não é o mesmo carrapato comum do seu cão”.

Thor lembra que a doença é rara no país, com menos de 170 casos por ano. O médico disse ainda que apesar da preocupação, a maioria dos registros ocorre na Região Sul, Sudeste e Mata Atlântica.

“A doença ainda não foi identificada aqui na nossa região Amazônica. A gente tem aqui as capivaras, tem os carrapatos, mas a bactéria não está circulando entre eles. Não foi identificada entre nós ainda. O que a gente precisa do ponto de vista da saúde humana, é manter os estudos regulares buscando a doença no carrapato para identificar a circulação da bactéria antes de ocorrer entre seres humanos. Assim a gente se prepara para uma eventual chegada dessa bactéria entre nós”.

No Acre, segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), ainda não houve nenhum caso confirmado de febre maculosa, transmito pelo carrapato silvestre.

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