No Acre, médico diz que casos de câncer do colo útero estão associados a IST; entenda

Quando diagnosticada de forma precoce, as chances de cura desse tipo de câncer são grandes

Março é conhecido como o mês de conscientização sobre a importância de se prevenir contra o câncer do colo do útero, principal causa de morte entre mulheres pela doença na região Norte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

De acordo com o Ministério da Saúde, no estado do Acre, cerca de 70 mulheres são diagnosticadas com a doença todos os anos. Além disso, o estado tem uma taxa de O estado do Acre tem uma taxa de mortalidade estimada em 7.92 casos para cada 100 mil mulheres, vítimas da enfermidade.

Durante todo o mês de março a saúde pública promove campanhas para conscientizar a população feminina sobre os riscos de desenvolvimento da doença, sobre os sintomas e como se prevenir. Além disso, O março lilás também alerta para a necessidade de se proteger contra as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), uma vez que o Papilomavírus Humano (HPV) é a principal causa do câncer do colo do útero.

O exame preventivo é ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita/ Foto: Reprodução

Para esclarecer um pouco mais sobre o tema, o ContilNet conversou com o médico ginecologista, José Everton Santiago, que atua na capital acreana, sobre a importância, em especial, do exame Papanicolau na detecção do câncer do colo do útero.

“Através do exame preventivo podemos detectar lesões precursoras ou estágios iniciais do câncer do colo uterino, com isso instituir precocemente o tratamento com altos índices de cura”, explicou.

O exame preventivo é ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita. É um procedimento simples e dura poucos minutos. O Papanicolau deve ser feito por todas as mulheres com idade a partir dos 25 anos, e com vida sexual ativa, no intervalo mínimo de cada três anos.

Sintomas e diagnóstico da doença

A campanha Março Lilás também tem o objetivo de informar as mulheres sobre os sintomas do câncer do colo do útero, que em alguns casos, tem o desenvolvimento lento e pode não apresentar nenhuma manifestação durante a fase inicial. No entanto, há alguns sintomas que levam à suspeita da doença, quando apresentada em estágio avançado, explica o ginecologista.

“Por ser uma doença que se desenvolve lentamente pode ocorrer sintomas somente em casos avançados tais como sangramento vaginal intermitente, sangramento após relações sexuais, dores abdominais e secreção vaginal anormal com odor”, alerta.

O ginecologista Everton Santiago atua na capital acreana/ Foto: Reprodução Redes sociais

Quando diagnosticada de forma precoce, as chances de cura desse tipo de câncer são grandes. Com a realização dos exames preventivos de forma preventiva é possível identificar o tumor ainda em fase inicial, aumentando as chances de sucesso no tratamento.

Relação do HPV com o câncer do colo do útero

O exame preventivo ajuda, ainda, a identificar a infecção pelo HPV, além de outras complicações que possam levar ao câncer de colo do útero.  O vírus está presente em mais de 99% dos casos de câncer do colo do útero, sendo dois tipos do HPV, o 16 e o 18, responsáveis por cerca de 70%dos casos da doença. A forma de transmissão do HPV acontece pelo contato sexual vaginal, oral ou anal. Por isso é importante, além dos exames e preservativos, que a mulher se previna recebendo a vacina contra o vírus.

O especialista explica que o HPV está diretamente relacionado ao câncer do colo do útero.

“Ele está relacionado diretamente com desenvolvimento do câncer de colo uterino, uma vez que após a infecção pelo HPV o sistema imunológico não conseguir combater o vírus ocorrerá o surgimento de células anormais que se não forem tratadas ou detectas precocemente evoluíram para células pré-câncer e câncer”, acrescenta.

Opções de tratamento

Após diagnóstico da doença, a paciente definirá em conjunto com seu médico a melhor opção de tratamento, que deve ser decidida levando em conta a idade, estado de saúde e preferências da mulher.

As principais opções de tratamento para o câncer de colo de útero são a cirurgia, a radioterapia, quimioterapia, terapia alvo e imunoterapia. Os tratamentos podem ser realizados isoladamente ou em combinação, a depender do estágio da doença.

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