Quem receber casa nova, não vai poder voltar pra antiga, porque será demolida, diz Bocalom

Bocalom falou, também, sobre as dificuldades em administrar a cidade em meio às enchentes

O prefeito Tião Bocalom falou na tarde desta segunda-feira (12) sobre a entrega de casas populares para as famílias vítimas de enchentes na capital acreana.

Durante conversa no programa Gazeta Entrevista, o prefeito afirmou que a prefeitura deverá construir pelo menos 1.700 casas populares e que as famílias que forem contempladas não poderão retornar a suas moradias antigas.

Bocalom em entrevista ao jornalista Astério Moreira, do Gazeta Entrevista/Foto: Reprodução

“Não podemos ficar a vida toda enxugando gelo. Estamos na iminência de construir as casas do 1.001 Dignidades e ainda as casas que o governo federal vai arcar com os recursos, totalizando uma média de 1.700 moradias entre casas e apartamentos. Agora de uma coisa tenha certeza, quem receber a casa ou apartamento, não vai mais poder voltar para a sua antiga moradia como acontece quase sempre”, ressaltou.

Bocalom afirmou que os moradores que receberem as moradias novas terão suas casas antigas demolidas e a área será reflorestada.

“Assim que o morador receber um imóvel novo em local seguro, a antiga casa dele será demolida e a área reflorestada e de propriedade da municipalidade. Se não fizermos isso, vamos está enxugando gelo a vida toda, até porque o Rio Acre tá ai e não vai mudar. E quase todos os anos nós temos alagação”, disse.

O prefeito fez, ainda, um balanço de sua gestão, reafirmando que seu trabalho tem sido realizado com transparência durante as enchentes enfrentadas.

“Eu posso dizer que sempre quem assumia nas alagações, para cuidar do povo, era o governo do estado ou o governo federal com seus recursos. Nós, enquanto prefeitura, não esperamos por essa ajuda. Tínhamos e temos dinheiro porque economizamos e o dinheiro é do povo. É para momentos como esse que temos que nos preparar e nos preparamos. Graças a Deus, assumimos a alagação em 2021, em 2023 quando houve aquela enchente, e agora em 2024 também. O povo pode ter certeza que não está sozinho”, disse o prefeito.

Bocalom falou, também, sobre as dificuldades em administrar a cidade em meio às enchentes, que têm assolado milhares de pessoas.

“O que corta, realmente, corta o coração da gente, por exemplo: uma senhorinha lá nos abrigos do Parque de Exposições, veio até mim e disse, me abraçando, ‘Bocalom, eu já estou pensando quando eu sair daqui do abrigo. Aqui a gente tem café da manhã, almoço e janta. Estou bem cuidada. E quando eu sair daqui eu sei que não vou mais poder ter isso ou o que comer todo dia.’ Isso me emocionou bastante”.

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