IBGE: Ao lado de Rondônia, Acre foi o estado que mais teve aumento da segurança alimentar no Norte, em 2023

PNAD mostra que o estado seguiu tendência de redução da insegurança alimentar entre as famílias, em 2023

Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas, o IBGE, revela que o Acre foi o segundo estado que apresentou a menor proporção de domicílios afetados pela insegurança alimentar moderada ou grave (11,2%) na Região Norte, em 2023. O menor percentual é de Rondônia (5%). No âmbito nacional, 9,4% dos domicílios estavam em insegurança alimentar moderada ou grave, ano passado.

Os dados são do módulo Segurança Alimentar da PNAD Contínua, divulgado nesta sexta-feira (25) pelo IBGE. De acordo com o Instituto, o cenário de insegurança alimentar grave no país foi mais expressivo nas áreas rurais do país. A proporção de domicílios particulares em insegurança alimentar moderada ou grave nessas regiões foi de 12,7%, contra 8,9% nas áreas urbanas. Ainda assim, o percentual nas áreas rurais foi o menor desde a PNAD 2004 (23,6%).

Técnicos do Governo do Estado do Acre, de diversas pastas relacionadas à agricultura e à economia solidária, principalmente, têm trabalhado para a redução das desigualdades. Essa condição teve reflexos positivos nos resultados divulgados agora pelo IBGE.

Acre foi o segundo estado que apresentou a menor proporção de domicílios afetados pela insegurança alimentar moderada ou grave no Norte/Foto: Reprodução

Além disso, bons ventos chegaram a áreas sensíveis como a de combate à fome e de infraestrutura viária no estado, quando entre os dias 9 e 12 deste mês, cinco ministros do governo Lula vieram ao estado para anunciar ao menos R$ 1,6 bilhão em compromissos que visam o combate à pobreza em território acreano.

SAIBA MAIS: Ministro de Lula anuncia investimento de mais de R$ 1,5 bilhão em programas sociais no Acre

Ministro da Assistência Social e Combate à Fome, Wellington Dias/Foto: Thauã Conde/ContilNet

O pacote, anunciado pelo ministro Wellington Dias (Assistência Social e Combate à Fome) deverá ser o maior em investimentos na história do Acre para fins de segurança social e alimentar e ativará diversos programas sociais, ainda este ano, em todo o estado do Acre.

Prato extra nas escolas públicas nesta gestão é uma das muitas políticas de combate à fome que ajuda a reduzir o índice de insegurança alimentar no Acre/Foto: Mardilson Gomes/Asscom

Pará tem a maior proporção do Norte

Em 2023, o Pará foi o estado que apresentou a maior proporção de domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave (20,3%), um em cada cinco domicílios, com Sergipe (18,7%) e Amapá (18,6%) em seguida. No sentido oposto, a pesquisa do IBGE aponta Santa Catarina (3,1%), Paraná (4,8%), Espírito Santo (5,1%) e a já mencionada Rondônia (5,1%), com os menores percentuais.

Os dados são do módulo Segurança Alimentar da PNAD Contínua/Foto: Reprodução

A pesquisa PNAD

No quarto trimestre de 2023, tendo como referência os três meses anteriores à data de realização da pesquisa, dos 78,3 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil, 72,4% (56,7 milhões) estavam em situação de segurança alimentar, ou seja, tinham acesso permanente à alimentação adequada. Essa proporção cresceu 9,1 pontos percentuais (p.p.) frente à última pesquisa do IBGE a investigar o tema, a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, que havia encontrado 63,3% dos domicílios do país em situação de segurança alimentar.

No entanto, 21,6 milhões de domicílios (27,6%) eram afetados por algum grau de insegurança alimentar. A forma mais grave englobava cerca de 3,2 milhões de domicílios (4,1%). Os dados são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgado nesta quinta-feira (25), pelo IBGE.

Realizada por meio de uma parceria entre o IBGE e o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, a pesquisa teve como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores. Esta é a primeira vez que a PNAD Contínua disponibiliza resultados segundo os critérios da EBIA, mas quatro divulgações anteriores do IBGE já abordaram o tema segurança alimentar segundo essa escala: os Suplementos sobre Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), que fizeram parte da PNAD em 2004, 2009 e 2013, além da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018.

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