Stellar Blade: veja lançamento, preço e gameplay do polêmico jogo de PS5

Originalmente, Stellar Blade era conhecido como Project Eve e estava previsto para 2023. Agora, o jogo é um dos principais nomes do catálogo de lançamentos da Sony para 2024 e chega em 26 de abril exclusivamente para PS5. Apesar da tendência da Sony de lançar seus jogos recentes para PC, ainda não há sinal de que Stellar Blade possa receber uma versão para computadores no momento.

A edição básica já está em pré-venda por R$ 349,90 na loja digital. Os interessados também podem garantir a edição Deluxe por R$ 399,50, que traz novos trajes para os personagens (Eve, Adam e Lily), acessórios cosméticos e um bônus de experiência e ouro.

Stellar Blade é um jogo de ação em terceira pessoa com elementos de RPG, em que é possível melhorar os atributos da protagonista e desbloquear novas habilidades progressivamente. O sistema de combate é mais cadenciado em relação a NieR: Automata, por exemplo, e bebe da fonte de sucessos do gênero souls-like — popularizado pela From Software com jogos como Dark Souls e Bloodborne.

Por isso, o título exige que os jogadores prestem atenção ao padrão de ataque dos inimigos e se utilizem de mecânicas defensivas, como parry e esquiva, para conseguir vantagem. Os bloqueios perfeitos são fundamentais para desestabilizar os inimigos e estão no centro da experiência. A protagonista também tem acesso a uma lista de combos que recompensa os usuários que aprenderem suas variações, então vale experimentá-los na sala de treinamento.

Além do combate, Stellar Blade também traz mecânicas de exploração e caminhos alternativos que prometem recompensar com itens. Os usuários conhecem ainda Xion, uma antiga metrópole da humanidade que agora serve de refúgio para os poucos sobreviventes. Além de encontrar relíquias enferrujadas e máquinas danificadas, Eve pode cumprir missões secundárias e descobrir detalhes por trás da destruição da Terra.

Stellar Blade começa com uma operação do Esquadrão Aéreo para pousar no planeta Terra, que está desolado após a invasão de criaturas terríveis chamadas de Naytibas. Desde sua chegada, a humanidade teve de buscar refúgio em colônias espaciais e se viu incapaz até mesmo de chegar à superfície. Como integrante do Sétimo Esquadrão, Eve consegue fazer um pouso forçado no planeta e se juntar às suas aliadas, que travam uma guerra sangrenta.

Com a ajuda da sua comandante, Tachy, Eve assiste às suas companheiras morrerem enquanto tenta avançar e localizar a fonte do problema: um Naytiba Ancião. No entanto, não tarda até que EVE seja a única sobrevivente e se encontre em uma situação desesperadora. Quando tudo parece perdido, ela é resgatada por Adam, um coletor que vaga pela Terra devastada e que une forças com Eve para localizar Hipercélulas, ajudar os poucos humanos que restaram no planeta e combater os Naytibas.

O lançamento de Stellar Blade reacendeu discussões sobre a objetificação de protagonistas femininas nos videogames, reforçando o estereótipo de que a mídia é majoritariamente masculina e heteronormativa. Isso se deve às decisões de design do jogo, com destaque para as roupas de Eve, que sobressaltam a silhueta do seu corpo de maneira desnecessária, e os ângulos de câmera sugestivos em várias cenas da gameplay. Esse é um problema que também foi apontado na prévia do TechTudo.

Essa situação trouxe à luz alguns questionamentos nas redes sociais, em especial com relação ao desenvolvimento de Eve enquanto protagonista e a repercussão de padrões de beleza tóxicos — um problema cultural que está muito presente na Coreia do Sul, sede da Shift Up Corporation. Há quem acredite, com base na demonstração, que a personagem será bastante superficial, cumprindo apenas o papel de símbolo sexual.

Também pesa o fato de que o marketing de Stellar Blade foi muito centrado no corpo da sua protagonista, inclusive nos trailers. No fim do ano passado, foi revelado que o corpo de Eve é baseado no da modelo sul-coreana Shin Jae-eun e cenas do processo de captura vieram à tona. Isso foi o suficiente para gerar comentários tóxicos nas redes, com usuários insinuando que as mulheres de jogos ocidentais que fogem desse padrão de beleza são “feias”.