A ausência do ex-presidente Jair Bolsonaro nos Estados Unidos para participar, como convidado, da posse do presidente Donald Trump pode ter sido um “tiro no pé” dado pelo governo de esquerda liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A opinião foi manifestada nesta terça-feira (21) pelo senador Márcio Bittar (UB-AC) em suas redes sociais.
Segundo Bittar, ao manter retido o passaporte do ex-presidente, “o Brasil mostrou ao mundo aquilo que nós já sabemos: estamos sob uma ditadura do Judiciário”. Bolsonaro não viajou porque seu passaporte está retido desde fevereiro de 2024, após ter sido indiciado como um dos envolvidos na tentativa de golpe e na abolição violenta do Estado Democrático de Direito, durante os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023. A decisão foi tomada pelo relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Márcio Bittar, a posse de Donald Trump nos Estados Unidos marca o início de “ventos da liberdade” que começam a soprar em todo o mundo. O senador recordou que, assim como Bolsonaro, Trump enfrentou acusações após perder a reeleição em 2020 em uma eleição contestada, cujo desfecho levou à invasão do Capitólio por seus apoiadores. Aqueles envolvidos na invasão foram presos e agora estão sendo perdoados pelo presidente reempossado, relatou Bittar.
No vídeo postado em suas redes sociais, o senador tentou passar a ideia de que algo semelhante pode acontecer com Jair Bolsonaro. No entanto, Bittar destacou uma diferença: enquanto Trump, apesar de enfrentar processos na justiça norte-americana, nunca ficou inelegível, Bolsonaro foi tornado inelegível até 2030.