Falsários utilizam imagens de ministros de Estado para golpes de transferência de dinheiro via PIX

Prefeito de Assis Brasil, Jerry Coreia, foi vítima de uma das tentativas do golpe e acionou às autoridades policiais

Os nomes e as imagens dos ministros de Estado Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, e Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, foram utilizados no Acre em uma tentativa de golpe contra o prefeito Jerry Correia, de Assis Brasil, no interior do Estado. Outras pessoas, entre políticos e empresários, também foram alvo dos falsários.

Os dois ministros do terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva são os que mais visitaram o Acre nos últimos dois anos — Waldez devido à atuação em um ministério que trata de problemas como a falta de água potável em cidades como Rio Branco, e Marina Silva por ser acreana e ainda ter familiares vivendo na capital.

Pix/Foto: Reprodução

Talvez pelas conexões dos ministros com o Acre, os falsários se passaram pelas autoridades utilizando mensagens via WhatsApp, informou a Polícia Civil. Os golpistas pediam ao prefeito que realizasse transferências bancárias para, em tese, obter acesso a grandes quantias de recursos que seriam liberados. Essa abordagem levantou suspeitas em Jerry Correia, que decidiu acionar a polícia.

Diante da constatação do golpe, a polícia passou a emitir alertas para que a população fique atenta a fraudes realizadas pelo WhatsApp. O golpe consiste em os falsários se passarem por autoridades, técnicos dos ministérios ou pelos próprios ministros que mantêm relações com os municípios. Os golpistas alegam que, para liberar recursos, os prefeitos precisariam realizar transferências via PIX para a aquisição de itens como aparelhos de celular destinados a contatos exclusivos.

Em um dos casos, o prefeito Jerry Correia (PP) recebeu uma mensagem que parecia ser do ministro Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional. A foto do ministro aparecia no contato associado a um número de telefone de Brasília. Durante a interação, o “ministro” solicitava a transferência de R$ 1.800 para a compra de um celular que permitiria ao prefeito manter contato direto e exclusivo com ele.

O golpe também atingiu um vereador de Epitaciolândia, empresários locais e outras vítimas. Os falsários utilizam números de celulares e CPFs para viabilizar as transferências, explorando a confiança das vítimas para convencê-las a realizar os pagamentos.

A polícia orienta a população a nunca efetuar transferências sem confirmar diretamente a identidade do solicitante. Além disso, recomenda-se o registro de boletins de ocorrência em casos suspeitos, pois a denúncia auxilia na identificação e punição dos responsáveis por esses crimes.

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