Governo crava estacas para evitar queda da passarela e se prepara para recriar encosta no Calçadão

As obras terão um custo de R$ 18 milhões

As obras do calçadão do novo Mercado Velho e da Passarela Joaquim Macedo seguem a todo vapor no Centro de Rio Branco, segundo o Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), responsável pelo processo de reparação desses dois grandes símbolos e pontos turísticos da capital acreana.

Passarela está sendo recuperada/Foto: Matheus Mello/ContilNet

A movimentação de terra ocasionada pela elevação e queda repentinas do nível do Rio Acre é a principal causa da destruição gradativa dos espaços. A passarela começou a apresentar rachaduras no ano passado, e a erosão tem destruído o calçadão desde a alagação de 2023, comprometendo até os pontos do comércio local.

Em dezembro de 2024, a Defesa Civil Estadual afirmou que o calçadão estava cedendo 1 centímetro a cada dois dias. O espaço está quase todo interditado, assim como a passarela, devido aos riscos à população.

Em dezembro de 2024, a Defesa Civil Estadual afirmou que o calçadão estava cedendo 1 centímetro a cada dois dias./Foto: Matheus Mello/ContilNet

O ContilNet conversou, nesta sexta-feira (31), com a presidente do Deracre, Sula Ximenes, para saber como está o andamento das obras, iniciadas no ano passado e com previsão de entrega para novembro deste ano.

“Só vamos conseguir trabalhar na encosta [do calçadão] depois que terminarmos a passarela. Estamos finalizando a fundação do último apoio [da passarela] e iniciamos a cravação das estacas ontem. Assim que concluirmos essa etapa, vamos concretar ao lado do pilar principal e, a partir disso, iniciar os trabalhos na encosta. Pretendemos entregar a obra em novembro, incluindo a encosta e a passarela”, afirmou.

Os comerciantes estão sendo ameaçados pela erosão/Foto: ContilNet

Sula ressaltou que a parte superior do calçadão, onde ficam os boxes do comércio, está sob responsabilidade da Secretaria de Obras Públicas do Estado (Seop).

“A encosta e a passarela estão sob responsabilidade do Deracre. A urbanização, na parte superior do comércio, não é atribuição do Deracre”, acrescentou.

As obras terão um custo de R$ 18 milhões.

Situação dos comerciantes

Apesar da emergência, a situação dos comerciantes que trabalham próximos à área interditada ainda não foi resolvida. A Defesa Civil municipal afirmou que já os alertou sobre os riscos e a necessidade de desocupação. A maioria concorda em deixar os espaços, mas isso ainda não ocorreu.

“Conversamos com os proprietários e elaboramos uma documentação na qual a maioria ou todos eles concordam com a desapropriação, desde que sejam devidamente indenizados para poderem sair do local”, explicou o coordenador da Defesa Civil municipal, coronel Cláudio Falcão.

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