Qual é a nuvem mais perigosa para a aviação? Especialistas respondem

Nuvem perigosa para aviação pode causar descargas elétricas e até mesmo incêndios em casos extremos

Ao sobrevoar o céu, as aeronaves estão sempre sujeitas a uma série de variáveis climáticas que podem influenciar a segurança do voo. Entre os perigos do clima, está a presença de nuvens, que representam um grande desafio para os pilotos na hora de voar.

Algumas delas chegam a oferecer riscos significativos à integridade das aeronaves. É o caso da nuvem Cumulonimbus (CB) ou nuvem de tempestade.

“Para a aviação, é o tipo mais perigoso devido ao conjunto de fenômenos meteorológicos que se produzem nela, capazes de comprometer a segurança do voo”, conta o professor de meteorologia Flávio Silveira, da Escola de Aviação Grandis Soluções, em Brasília.

O especialista explica que as aeronaves nunca devem atravessar a CB, pois há turbulência dentro e fora dela, de moderada a forte, devido às correntes ascendentes e descendentes do ar.

O que são Cumulonimbus?

A meteorologista Andrea Ramos, que atua em Brasília, define o Cumulonimbus como uma nuvem de grande tensão, tanto na vertical, quanto na horizontal, podendo ter uma extensão acima de 14 km e atingir vários níveis da atmosfera.

Essas características geram turbulência. A especialistas alerta que, além da tremulação, os pilotos podem acabar tendo que lidar com outros problemas durante o voo. “Dependendo da situação, pode haver precipitação de granizo e essa formação pode danificar os motores e outras partes da aeronave. Além de turbulência, você tem gelo, descargas elétricas e rajadas de vento”, ensina.

Andrea conta que as nuvens Cumulonimbus são as principais fontes de raio, podendo causar descargas elétricas e até mesmo incêndios, caso atinja uma aeronave.

Getty ImagesAvião passando por raios - Metrópoles
Descargas elétricas são perigosas para o funcionamento do sistema de uma aeronave

Como as aeronaves se protegem?

Para evitar passar pela nuvem, pilotos utilizam os radares meteorológicos, que são ferramentas para a análise e o acompanhamento das formações meteorológicas adversas aos voos e aos aeroportos. Os dados desses radares são utilizados para detectar as nuvens de tempestade e, a partir disso, é feito um planejamento de rotas alternativas.

Caso não seja possível escapar da nuvem, Silveira explica que a estratégia depende do tipo de avião. “Na impossibilidade de se evitar o voo em CB, deve-se observar as orientações provenientes das companhias aéreas para cada tipo de aeronave”, afirma. Pilotos mais experientes podem ser capazes de passar pela nuvem com segurança.

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