Em 2025, o salário mínimo do Brasil permanece abaixo da média regional da América Latina, o que levanta questões sobre o poder de compra e a qualidade de vida de seus cidadãos.
Com um valor de R$ 1.518, equivalente a cerca de US$ 250, o Brasil se encontra entre os países com os menores salários da região, atrás de nações como Uruguai, Belize e Costa Rica, que apresentam valores significativamente mais altos.
O mapa de salários mínimos de 2025 revela uma grande variação entre os países da América Latina. O Uruguai se destaca com o salário mínimo mais alto, de US$ 867 mensais, seguido por Belize (US$ 780) e Costa Rica (US$ 725).
Já países como Venezuela, Haiti e Cuba apresentam os menores valores, com rendimentos extremamente baixos, refletindo suas dificuldades econômicas e políticas.

O gráfico ilustra as disparidades entre os salários mínimos dos países da América Latina, destacando os extremos com os maiores e menores rendimentos/Foto: Reprodução
O Brasil, com um salário mínimo de US$ 250, encontra-se abaixo da média regional, que é de US$ 364. Além disso, a redução do salário mínimo em comparação com 2024 (que era de US$ 280) agrava ainda mais o cenário. Enquanto países da América Central e do Caribe apresentam números mais elevados, o Brasil continua enfrentando desafios para melhorar as condições de trabalho e combater a crescente desigualdade social.
A variação no salário mínimo reflete também o poder aquisitivo da população, sendo mais pronunciada em países com inflação alta ou crise política, como na Venezuela, onde o salário mínimo chega a apenas US$ 3.
No entanto, é importante considerar o custo de vida, pois, mesmo em países com salários mais altos, o poder de compra de muitos ainda é impactado pela inflação.
Implicações para o desenvolvimento econômico
A disparidade nos salários mínimos reflete as diferentes realidades econômicas da América Latina e levanta questões sobre o impacto no consumo interno e no desenvolvimento econômico sustentável. Com um salário mínimo relativamente baixo, o Brasil pode enfrentar dificuldades para estimular a economia, já que o poder de compra da população continua limitado.
Esse cenário está intimamente ligado à informalidade no mercado de trabalho, que é elevada em muitos países da região, incluindo o Brasil, onde a falta de empregos formais agrava ainda mais as desigualdades.
Em 2025, o Brasil segue enfrentando desafios econômicos relacionados à distribuição de renda e ao valor do salário mínimo. Embora o país tenha uma das maiores economias da América Latina, a disparidade entre o salário pago aos trabalhadores e a média regional destaca a necessidade urgente de políticas públicas que promovam uma distribuição de riqueza mais justa e sustentável.