SRAG segue em alta no país, mas Acre dá sinais de estabilização em meio a alerta nacional

De acordo com o levantamento nacional, 21 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta

O Brasil enfrenta um crescimento atípico nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em 2025, com números significativamente superiores aos registrados nos últimos dois anos. Segundo o mais recente boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (12), o volume de casos entre as semanas epidemiológicas 19 e 22 cresceu 91% em comparação ao mesmo período de 2024.

Os casos de Srag estão em estabilidade, mas o número de internações ainda é alto/Foto: Eldérico Silva/Rede Amazônica

Apesar do cenário preocupante em boa parte do país, o Acre desponta entre os poucos estados que começam a apresentar sinais de estabilização ou até queda nas notificações. A análise da Semana Epidemiológica 23 (de 1º a 7 de junho) mostra que, ao lado de Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Distrito Federal, o estado está entre os que dão indícios de desaceleração da curva de crescimento. No entanto, a taxa de hospitalizações por SRAG no Acre ainda é considerada elevada.

A disseminação de vírus respiratórios como influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR) tem sido a principal causa das internações por SRAG. Entre os casos positivos registrados nas quatro semanas mais recentes, 40% foram provocados por influenza A, 45,5% por VSR, 16,6% por rinovírus, 0,8% por influenza B e 1,6% por Sars-CoV-2 (Covid-19).

Nos óbitos associados a SRAG nesse mesmo período, o peso da influenza A é ainda maior: presente em 75,4% dos casos confirmados. O VSR aparece em 12,5% dos casos, seguido por rinovírus (8,7%), Covid-19 (4,4%) e influenza B (1%).

De acordo com o levantamento nacional, 21 das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento sustentado. Capitais como Manaus, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Salvador enfrentam forte aumento de casos, o que acende um alerta para gestores públicos e profissionais de saúde.

Em 2025, já foram notificados 93.779 casos de SRAG em todo o país. Desses, 50,5% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 34,4% testaram negativo e 8,4% ainda aguardam confirmação laboratorial. A maior incidência ocorre entre crianças pequenas, idosos e adultos, com destaque para o avanço do VSR entre os mais jovens e da influenza A entre os mais velhos.

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