Tendo o desejo de levar as descobertas arqueológicas para o grande público em foco, um grupo de pesquisadores do Brasil e da Finlândia se uniram para desenvolver um documentário sobre os famosos geoglifos do Brasil, localizados nos Estados do Acre, Amazonas e Rondônia.
Na última sexta-feira (6), uma equipe de filmagens esteve na Capital colhendo depoimentos para o longa-metragem e a ContilNet teve a oportunidade de conseguir mais detalhes sobre a produção realizada pela Lamparina Filmes.
A direção e produção executiva é da pesquisadora Denise Schaan, da Universidade Federal do Pará (UFPA). Denise realiza pesquisas sobre os geoglifos há 15 anos, sendo que mais de 500 dessas estruturas já foram localizados nos três Estados citados anteriormente. A maior parte deles, ao menos 350, estão no Acre.
André dos Santos, de 38 anos, pesquisador e marido de Denise, também participa das etapas de filmagens e explicou à equipe da ContilNet que, além deste trabalho, o casal já esteve envolvido em outras produções de resgate das culturas amazônicas: “Um dos nossos filmes, o documentário ‘Samba de cacete’, foi premiado no Festival Internacional Du Film Pan Africa, premiação que integra o Festival de Cannes, na França”.
Para realizar o documentário sobre os geoglifos foi necessária a união de esforços entre Brasil e a Universidade de Helsinque, na Finlândia. “Tivemos uma reunião na Finlândia com o doutor Martti Pärssinen. Os recursos são oriundos do projeto de pesquisa realizado pelo Martti em parceria com a Denise, que contratou a Lamparina Filmes para realizar as gravações”, disse André.
Confira aqui um dos artigos publicados pelos pesquisadores Schaan e Pärssinen
As equipes nacionais e internacionais esperam que a obra possa auxiliar na divulgação das estruturas terrestres dentro e fora do Brasil, consideradas patrimônios monumentais da arqueologia amazônica.
Um dos entrevistados em Rio Branco foi o superintendente Jorge Sobrinho, da divisão acreana do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). “Esperamos que a produção auxilie e incentive principalmente os pesquisadores acreanos. Estas e outras descobertas precisam de pessoas que queiram desvendar estes mistérios e iluminar questões ainda sem respostas”, destacou Sobrinho.
“Quando o filme estiver finalizado, queremos lançamentos nos Estados do Pará e do Acre, fazendo com que ele siga para o circuito de festivais (nacionais e internacionais) e, logo em seguida, para veiculação digital.