A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta segunda-feira (4) os dois primeiros casos no estado da nova variante do coronavírus identificada inicialmente no Reino Unido.
A confirmação foi feita pelo Laboratório Estratégico do Instituto Adolfo Lutz, que é vinculado à pasta estadual, após o sequenciamento genético de amostras encaminhadas pelo laboratório privado Dasa no sábado (2).
Um dos casos confirmados é de uma mulher residente de São Paulo de 25 anos, que teve contato com viajantes que passaram pelo Reino Unido. Ela começou a apresentar sintomas como dor de cabeça, dor de garganta, tosse, mal estar e perda de paladar no dia 20 de dezembro, e realizou o teste do tipo PCR em 22 de dezembro.
O outro paciente é um homem de 34 anos, que a secretaria informou que ainda investiga o histórico do caso, os sintomas e seu local de moradia.
Ambas as contaminações são da linhagem B.1.1.7 do vírus, variante que já foi registrada em pelo menos outros 17 países. Ela tem mutações que afetam a maneira como o vírus se fixa nas células humanas e é 56% mais contagiosa.
Não há evidências de que a variante provoque casos mais graves ou com maior índice de mortes, nem mesmo que seja resistente às vacinas.
No Reino Unido, ela já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Ainda de acordo com o Instituto Adolfo Lutz, que fez a análise das amostras, “as sequências realizadas pelo Lutz foram comparadas e mostraram-se mais completas que a primeira identificada pelo próprio Reino Unido”. O sequenciamento genético foi compartilhado com pesquisadores de todo o mundo através de um banco de dados online e mundial.