Sem conseguir engravidar, mulher é ‘presenteada’ com três filhos

Maria das Dores é mãe de três filhos adotivos, ou como ela costuma chamar, "do coração"

Há 28 anos, Maria das Dores Tamburini da Costa, de Sena Madureira, no interior do Acre, recebeu um presente de Deus, segundo ela. Dorinha, como é chamada, apesar de surpresa, adotou a primeira filha durante uma festa. A criança, na época, tinha apenas um mês de nascida. Por coincidência, ou “coisa de Deus”, a mesma história se repetiu outras duas vezes.

Segundo Maria das Dores, a relação com a filha, a primeira vista, foi de medo mas também de carinho. “Eu aceitei com muito carinho e muito amor. E eu sou muito ciumenta”, disse, rindo. Atualmente, Isamara Tamburini da Costa, é médica, tem 28 anos e é casada.

“Eles são tudo na minha vida e foi uma transformação na minha vida e do meu esposo em casa, porque é só o casal é muito diferente de quando você tem outra pessoa, um filho é uma responsabilidade muito grande, então mudou tudo na nossa vida. A partir daí, tudo que nós fomos planejar já foi pensando na filha e no futuro dela”, disse.

Maria das Dores e os filhos Isamara, Luis Henrique e Isabelle. Foto: Cedida

Na época, Maria das Dores estava casada há 13 anos com Romildo Alves da Costa e não tinha expectativa de ter filhos, pois já havia feito tratamentos e não havia tido resultados. “Já tinha corrido atrás de tratamento para engravida e não tinha conseguido, ainda era muito atrasado e estava iniciando a fecundação in vitro, então já tinha parado as expectativas”, explicou.

Após alguns anos, a situação voltou a acontecer, e Maria das Dores adotou mais uma criança, dessa vez em outra circunstância, recém-nascido. Luis Henrique Tamburini da Costa atualmente tem 24 anos, faz faculdade de educação física e mora em João Pessoa, na capital paraibana.

Maria das Dores com o marido Romildo. Foto: Cedida

Há 13 anos, novamente a situação aconteceu e a história do filho do meio se repetiu, e Maria das Dores adotou uma menina, também recém-nascida. Isabelle Tamburini da Costa, 13 anos, terminando o último ano do ensino fundamental.

Hoje, Maria das Dores é casada há 40 anos e tem uma relação normal, entre pais e filhos. “A partir da chegada deles, foi o momento mais importante da minha vida, porque eles trouxeram para mim a denominação que é ser mãe. Não tem diferença nenhuma de ser biológico ou não para mim”, falou.

Isamara, Luis Henrique e Isabelle. Foto: Cedida

Dia das mães

Neste domingo, em que se celebra o Dia das Mães, Maria das Dores diz que não comemora o data em si, mas comemora o presente de Deus que recebeu. “Essa é a grande benção de Deus, que me ensinou a amar, me ensinou a perdoar, a saber dar e receber, saber se um ser humano melhor e procurar na vida ser sempre ser uma pessoa melhor, porque a partir do momento que você tem uma visão do que é família, do que é filho, você tem uma visão diferenciada e você coloca Deus em tudo que é sagrado e belo, que vem de Deus no meu pensamento e Deus me deu esse presente que foram os três filhos”, declarou.

Maria das Dores relembra que se os filhos não existissem, ela não seria nada. “Eu acho que eu seria um ser com um grande vazio no meu coração, na minha alma. Eu posso dizer que eu sou uma pessoa muito feliz”, diz.

Foto: Cedida

“Para mim, ser mãe, foi o papel mais desafiador da minha vida como mulher, a partir do momento que minha primogênita me deu esse título de mãe, eu comecei a refletir que eu era responsável pela vida dela, de acompanhar, bem como de seus irmãos, o seu desenvolvimento, de oportunizar o aprendizado em cada momento da rotina diária deles, na vida escolar e o grande desafio das mães é oferecer aos filhos esse suporte, a presença em uma dose que permita que a criança e o adolescente se sinta acolhido em suas dores e dificuldades, saber encorajar, buscar, encaminhar e lidar com os desafios que a vida apresenta e nós sabemos que passamos por todas as etapas desde bebê até adultos. Hoje sou muito feliz por cada um deles. Os três desabrocharam em meu coração o amor verdadeiro”, finalizou.

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