Uma manifestação foi marcada para as 6h desta segunda-feira (20) em frente ao Comando da Polícia Militar do município de Tarauacá contra a transferência do policial militar sargento Altermir Nascimento, conhecido por “Léo”. Ele teria sido transferido para o comando da cidade de Feijó por determinação do tenente-coronel Ruiz.
Desde que a transferência de Léo se tornou pública, que deu-se início a uma série de manifestações nas redes sociais contrárias à medida do comando geral. Vereadores, amigos e populares indignados com a situação já se manifestaram pelas redes sociais.
O caso tornou-se público quando o filho de Léo, Yuri Farias de Figueiredo, estudante de odontologia, assinou uma carta de repúdio e publicou na internet. No documento, Yuri revela que recebeu a notícia da transferência com muita tristeza e que seu pai [o sargento Léo] “havia sido transferido para o município de Feijó por perseguição do comandante da Unidade de Polícia daquele município”.
Altermir Nascimento, conhecido por “Léo”
Yuri segue contando a história do pai, que segundo o estudante, tem 24 anos de polícia. Ainda de acordo o documento, Léo foi escolhido em 2006, 2007, 2008 e 2011 como policial destaque do ano e, por isso, goza de bastante respeito e admiração de seus pares, das autoridades e da sociedade de Tarauacá.
“Por meio desta nota venho expressar o meu desprezo e repúdio a esse comandante, que a pouco dias foi chamado pelo Deputado Jesus Sérgio na Assembleia Legislativa e nas redes sociais de comandante de gabinete e desorganizado”, diz o conteúdo assinado por Yuri.
A reportagem falou por telefone com o filho do sargento Léo. Ele disse que o pai sofre perseguição o tempo todo pelo tenente-coronel Ruiz que “fez essa transferência como única forma de me castiga-lo”, disse. Ainda de acordo com o filho de Léo, não existe transferência de praça, principalmente quando existe um aumento de violência na cidade. Na sexta-feira (17), o sargento já estava escalado para trabalhar no comando da cidade de Feijó.
AME pretende entrar com mandado de segurança para anular ato do comando
A Associação dos Militares do Estado do Acre pretende entrar ainda nesta segunda-feira (20) com um mandado de segurança pedindo a anulação do ato realizado pelo comandante geral da PM, coronel Júlio Cesar. Segundo Joelson Dias, no ato do comando geral do batalhão há fortes indícios de perseguição: “Fere o princípio da hierarquia e o período de trânsito exigido em situações como essa”.
Ainda segundo Joelson, a transferência foi imediata. “Infelizmente as atitudes do tenente-coronel Ruiz estão provocando tensão desagradável na tropa de Tarauacá. Um bom comando não se faz apenas com a chibata nas mãos”, concluiu Dias.
O outro lado:
A reportagem tentou, mas sem sucesso, falar com o comandante da Polícia Militar em Tarauacá, o tenente-coronel Ruiz.
