A preocupação da família com o bebê que tem seu nome mantido em sigilo começou aos oito meses. Hoje a criança tem 1 ano e 10 meses e a preocupação da família só cresce. Com essa idade, ele já pesa 23kg e tem 1,06m.
As medidas em questão são proporcionais a uma criança que tenha entre 4 e 5 anos. E são fruto de uma doença chamada puberdade precoce. Nesse caso, se manifestou em um menino, mas especialistas alertam que meninas são mais suscetíveis.
O menino, que vive em Acrelândia, na zona rural do Acre, vive com a avó Maria do Socorro Leite, de 40 anos, responsável por estranhas às medidas dele pela primeira vez. Por conta das suspeitas dela, a criança foi levada ao médico e diagnosticada.
“O primeiro problema é psicológico, essa criança tende a ter alterações psiquiátricas ou psicológicas de forma precoce. O segundo é a altura final, embora cresçam muito rápido nessa fase de início da doença, podendo não ficar tão alto no fim das contas”, explica o médico Gil Lucena, que acompanha o caso.
Para tentar conter o avanço da doença, o médico ministra mensalmente injeções na criança. Elas servem para inibir a ação dos hormônios que foram liberados muito antes da hora. E que podem, em poucos anos, complicar ainda mais a vida do menino.
Isso porque a doença tende a fazer com que ele tenha um amadurecimento sexual extremamente precoce. Segundo Lucena, atualmente a criança já possui hormônios de adolescentes que tem entre 14 e 16 anos, fazendo a altura ser um problema quase que secundário.
A criança, agora, se agarra no tratamento como esperança de estabilização da doença. A avó conta que os remédios são obtidos por meio da rede pública e, em um primeiro momento, demoraram a chegar. Desde o dia 19 deste mês, porém, o menino é medicado e começa a lutar contra a doença.