Vídeo-reportagem expõe condições da BR-364 e desbarrancamento de ponte

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Reportagem da ContilNet flagrou as péssimas condições da BR-364/Foto: Wiliandro Derze, da ContilNet

 

A pavimentação da BR-364 sempre foi um sonho da população dos municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Manuel Urbano, Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, além das demais cidades do Vale do Juruá. Este sonho, que começou nos governos de Orleir Cameli, e prosseguiu pelos dos petistas Jorge Viana, Binho Marques e Tião Viana, transformou-se em pesadelo aos que necessitam utilizar a rodovia.

Durante viagem da reportagem da ContilNet pela estrada durante a semana passada, foram registrados vários trechos já sem a camada asfáltica, por não suportar o peso dos veículos. Aos olhos de qualquer leigo fica fácil de perceber que a obra não levou em conta as particularidades da região, que tem um solo de difícil trabalho de engenharia, além de um ambiente composto por muitas chuvas ao longo do ano.

Muitos dos trechos da BR-364 estão se transformando em verdadeiros atoleiros, causando dificuldade na passagem de veículos de médio e pequeno porte. A estrada, que foi entregue pelo governo do Acre ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) há menos de um ano, é pauta de debates sobre a qualidade dos serviços executados até aqui pelos governos do PT.

O grande questionamento da oposição e de outros segmentos da sociedade é o dos R$ 2 bilhões gastos para a construção e recuperação da rodovia. Apesar do volume recorde de verbas públicas aplicadas em uma única estrada no Acre, não há a mínima qualidade e segurança para quem nela trafega, além dos escândalos de corrupção investigados por Tribunal de Contas da União (TCU) e Ministério Público Federal (MPF).

Nos mais de 600 quilômetros de estrada entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, o trecho que apresenta melhores condições de trafegabilidade está entre a capital e Sena Madureira; são 170 quilômetros recuperados há pouco tempo pelo Dnit.

Contudo já começa a surgir buracos e desbarrancamento em vários locais. Entre Sena Madureira e Manuel Urbano a estrada apresenta um dos seus piores trechos, atoleiros e alguns quilômetros sem qualquer vestígio de camada asfáltica. Até Feijó, as condições continuam péssimas, e atoleiros e desbarrancamento são vistos com frequência às margens da rodovia.

No perímetro entre Feijó e Tarauacá a camada asfáltica é presente, mas os buracos ao longo da estrada estão cada vez maiores, sendo um dos principais motivos que deixam veículos danificados na estrada.

Há também o risco de colisões frontais entre os veículos já que, para desviar das crateras, motoristas acabam por invadir a contramão numa estrada que não dispõe de acostamento. Sem contar o desconforto para os passageiros, chacoalhados a todo segundo pelos buracos. A viagem que deveria durar, no máximo, sete horas, agora acontece em quase um dia inteiro.

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Todos esses quilômetros ligando os últimos três municípios não se comparam com a verdadeira problemática da BR-364. Os quilômetros que ligam Tarauacá a Cruzeiro do Sul, até o rio Liberdade, são um dos que mais danificam os carros.

Em caso de chuva, caminhões, ônibus e carros pequenos precisam parar e esperar a lama secar. O solo de tabatinga deixa a rodovia como um verdadeiro sabão molhado quando chove. Grandes veículos e menores deslizam com facilidade, correndo o risco de vir a tombar num dos infinitos barrancos ao longo da estrada.

A reportagem da ContilNet apresenta com exclusividade imagens que mostram as condições da BR-364 que custou bilhões de reais aos cofres do contribuinte acreano.

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