Cientistas da Universidade Federal de Santa Maria encontraram no Acre crânios fossilizados e praticamente intactos de dois ratos pré-históricos gigantes. Os animais tinham cerca de 1,80 metros e pesavam 80 quilos. Eles habitavam a floresta amazônica há 10 milhões de anos.
O Neoepiblema acreensis já é o maior roedor registrado na América do Sul, ultrapassando a capivara, até então o maior do ramo, com 60 quilos. Ele tinha dois grandes dentes incisivos curvos e um cérebro pequeno, de apenas 114 gramas de peso.
“Este roedor é um parente extinto das chinchilas e pacaranas e habitou a Amazônia brasileira ocidental há cerca de 10 milhões de anos. Vivia em ambientes pantanosos que ali existiam antes do surgimento de uma das maiores florestas tropicais do mundo”, disse José Ferreira, autor principal do estudo.
“Alguns membros extintos da América do Sul deste ramo atingiram o tamanho de um corpo gigantesco durante o final do [período] Mioceno, há cerca de 10 milhões de anos”, destacou.