Catador de lixo no AC diz que foi curado do coronavírus com remédio aplicado em animais

O conhecido catador de lixo do bairro Tucumã, Reginaldo Roberto, de 44 anos, teve inúmeros prejuízos depois que foi infectado pelo coronavírus nas últimas semanas. A sua grande salvação, de acordo com ele, foi a junção de dois medicamentos receitados por um médico que boliviano que é seu amigo.

“Eu estava arreado, com muita febre, tive tosse e falta de ar. Tomei a Ivermectina com Azitromicina, por orientação dele, e fiquei muito bem”, disse à reportagem do ContilNet.

A azitromicina, que é um antibiótico usado no tratamento de várias infeções bacterianas, já vem sendo comentado pelas pessoas sobre seus efeitos no quadro clínico do coronavírus, embora não haja nenhuma comprovação científica respaldando o seu uso para tratar a doença.

O outro medicamento, que é a Ivermectina, é um fármaco usado no tratamento de vários tipos de infestações por parasitas. Entre elas estão a infestação por piolhos, sarna, oncocercose, estrongiloidíase, tricuríase, ascaridíase e filaríase linfática. É comumente usado no tratamento principalmente de crianças e animais.

Reginaldo acrescentou ainda que perdeu mais de 5 kg depois que começou a sentir os sintomas e que só conseguiu voltar a trabalhar após o efeito dos remédios.

“Já estou recuperado”, finalizou.

Órgãos de referência alertam que ainda não há medicamento para prevenir ou tratar a doença e que o uso de remédios sem prescrição médica pode causar danos graves à saúde.

O que existem, de fato, são pesquisas com essas e outras drogas para descobrir se elas podem ajudar no combate da doença de alguma maneira. Porém, ainda não há resultados conclusivos, o que descarta a possibilidade de uso na prevenção ou no tratamento pela população, especialmente sem prescrição médica.

A ivermectina foi testada em estudo feito por pesquisadores da Universidade de Melbourne e do Hospital Royal Melbourne, na Austrália, que demonstrou que o medicamento é capaz de matar o novo coronavírus in vitro. No entanto, os próprios cientistas pediram cautela sobre a descoberta e afirmaram que são necessários testes clínicos para avaliar a eficácia do remédio na prática, fora do laboratório.

Já a azitromicina foi combinada com a hidroxicloroquina em algumas pesquisas, obtendo resultados promissores. Assim, passou a ser defendida publicamente pelos presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Jair Bolsonaro. Estudos recentes, porém, concluíram que o uso desses medicamentos não traz benefícios aos pacientes, e outra pesquisa em Manaus, no Amazonas, apontou para riscos cardíacos da associação.

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