Sean Connery, ícone do cinema e 1º James Bond, morre aos 90 anos

O ator escocês Sean Connery, ícone do cinema e primeiro a interpretar o espião James Bond, morreu aos 90 anos, segundo a BBC divulgou neste sábado (31). De acordo com a família, ele morreu durante a madrugada, enquanto dormia, nas Bahamas.

À BBC, o filho, Jason Connery, disse que o ator não estava bem “há algum tempo”. Connery deixou a esposa, a atriz Micheline Roquebrune, o filho, Jason, e o neto, Dashiell.

Com 94 papéis ao longo de mais de 50 anos de carreira, atuou em sete filmes do “007” nas décadas de 1960, 1970 e 1980 e foi apontado em inúmeras enquetes como o melhor James Bond do cinema. Como o detetive, ele estrelou “O satânico Dr. No” (1962), “Moscou contra 007” (1963), “007 contra Goldfinger” (1964), “007 Contra a chantagem atômica” (1965), “Com 007 só se vive duas vezes” (1967), “007 – Os diamantes são eternos” (1971) e “007 – Nunca mais outra vez” (1983).

Connery também atuou no drama “Os intocáveis”, de Brian de Palma, pelo qual venceu o Oscar em 1988 na categoria de melhor ator coadjuvante.

Em 1988, Sean Connery ganhou um Oscar por um papel coadjuvante no filme Os Intocáveis — Foto: Bob Riha/Reuters

Em 1988, Sean Connery ganhou um Oscar por um papel coadjuvante no filme Os Intocáveis — Foto: Bob Riha/Reuters

O ícone do cinema venceu o Globo de Ouro por três vezes, o Bafta (da Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas) por duas vezes e acumulou mais de 30 prêmios durante a carreira. Em 2000, recebeu o título de cavaleiro da Ordem Britânica da Rainha Elizabeth II.

Entre seus personagens de destaque, estão também o protagonista William von Baskerville no longa “O nome da rosa”, de 1986, adaptação da obra de Umberto Eco, e o professor Henry Jones no filme “Indiana Jones e a última cruzada”, de 1989.

O último longa em que Connery atuou foi a fantasia “A liga extraordinária”, de 2003, como o caçador Allan Quatermain.

O ator também era conhecido por sua voz marcante e, ao longo da carreira, emprestou sua voz para animações e personagens animados. Na aventura “Coração de dragão” (1996), fez a voz de Draco, e em seu último trabalho da carreira, em 2012, dublou o protagonista da animação “Sir Billi”.

De pequenos trabalhos a estrela de cinema

 

James Bond 007 Sean Connery  — Foto: Divulgação

James Bond 007 Sean Connery — Foto: Divulgação

Thomas Sean Connery nasceu em Edimburgo, na Escócia, em 25 de agosto de 1930. Seu pai era um operário de fábrica e motorista de caminhão e sua mãe, trabalhadora doméstica. A família paterna havia emigrado da Irlanda para a Escócia no século 19.

Antes de iniciar a carreira no cinema, Connery fez trabalhos como entregador de leite, operário e motorista de caminhão. Ele chegou a servir a Marinha do Reino Unido por três anos, mas foi dispensado por problemas de saúde.

O escocês também iniciou uma carreira como jogador de futebol e chegou a receber uma proposta do Manchester United, mas não aceitou e decidiu se dedicar à atuação.

Ele concorreu a mister universo em 1953 (na categoria altura) e, depois disso, conseguiu pequenos papéis em peças de teatro. Participou de seu primeiro filme em 1954, “Lilacs in the spring”.

Em 1957, conseguiu seu primeiro grande papel, no filme “No road back”, um longa de ação sobre gangues. No mesmo ano, participou de outras seis produções, sendo três filmes no cinema, duas séries e um filme para televisão.

Nos primeiros anos da carreira, emplacou sucessos como “Na Rota do Inferno” (1957), “Vítima de uma paixão” (1958), “A lenda dos anões mágicos” (1959), “Até o último gangster” (1961) e “O mais longo dos dias” (1962).

Foi então que recebeu o convite para viver o agente secreto James Bond em “O satânico Dr. No”, de 1962. Depois disse, ele estrelou outros seis filmes da franquia “007”.

O sucesso como o espião lhe rendeu uma carreira cheia de trabalhos. Entre eles, “Marnie, Confissões de uma Ladra” (1964), de de Alfred Hitchcock; “A colina dos homens perdidos” (1965), “Assassinato no Expresso Oriente” (1974), “O homem que queria ser rei” (1975), “O Vento e o Leão” (1975), “Highlander: O Guerreiro Imortal” (1986).

Ativista pela independência da Escócia

'Sean Connery roubava as cenas', lembra jornalista Célio Silva

‘Sean Connery roubava as cenas’, lembra jornalista Célio Silva

Connery defendia a independência da Escócia em relação ao Reino Unido. O ator tinha uma tatuagem com a inscrição “Escócia para sempre” no braço direito, segundo o site IMDb.

Quando recebeu a Ordem de cavaleiro e o título de sir por seus serviços à atuação, a cerimônia ocorreu no palácio Holyrood Palace, em Edimburgo, e a rainha Elizabeth II foi até a cidade para entregá-la.

 

Relembre a carreira do ator em fotos

Sean Connery em 1987, quando atuou no filme O Nome da Rosa — Foto: Gerald Penny/AP

Sean Connery em 1987, quando atuou no filme O Nome da Rosa — Foto: Gerald Penny/AP

Sean Connery em 2001, na abertura de um teatro no Reino Unido — Foto: Jeff J Mitchell/Reuters

Sean Connery em 2001, na abertura de um teatro no Reino Unido — Foto: Jeff J Mitchell/Reuters

Sean Connery durante as filmagens de 007 - Nunca Mais Outra Vez  — Foto: Reprodução/AFP

Sean Connery durante as filmagens de 007 – Nunca Mais Outra Vez — Foto: Reprodução/AFP

Eunice Gayson e Sean Connery em 'Dr. No', de 1962 — Foto: Divulgação

Eunice Gayson e Sean Connery em ‘Dr. No’, de 1962 — Foto: Divulgação

Sean Connery e o Aston Martin DB5, de 1964, nas gravações de "007 - Contra Goldfinger" — Foto: Aston Martin/Divulgação

Sean Connery e o Aston Martin DB5, de 1964, nas gravações de “007 – Contra Goldfinger” — Foto: Aston Martin/Divulgação

Sean connery e Karin Dor em cena de "Com 007 Só Se Vive Duas Vezes" — Foto: Reprodução

Sean connery e Karin Dor em cena de “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes” — Foto: Reprodução

Sean Connery ao lado do Aston Martin DB5 em '007 contra Goldfinger' (1964) — Foto: Divulgação/MGM

Sean Connery ao lado do Aston Martin DB5 em ‘007 contra Goldfinger’ (1964) — Foto: Divulgação/MGM

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