Provavelmente, você já ouviu falar desses indicadores econômicos: taxa de juros Selic*, inflação representada pelo IPCA** e juros reais, que é a diferença do primeiro pelo segundo.
Juros é a remuneração cobrada pelo ato de emprestar dinheiro, uma espécie de prêmio pelo tempo que você ficou sem a posse do mesmo e também pelo risco de não receber o valor emprestado de volta. No Brasil, é o Banco Central através do seu Comitê de Política Econômica-Copom, que determina qual será a meta da taxa de juros no país, conhecida como Selic, desde 1979,e é estabelecida uma meta a cada 45 dias, de modo que a rentabilidade dos juros de um determinado ano será a média desses valores.
Assim, como outro órgão do Governo Federal, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE é um dos responsáveis por medir a inflação (aumento generalizado dos preços) na nossa economia.
Vamos fazer uma retrospectiva no tempo?
O ano era 2011 e os brasileiros que investiam na caderneta de poupança estavam felizes com sua rentabilidade mensal de 0,50% e um ganho real de 5,12%aa. A segurança de ter uma boa rentabilidade como essa durou até 2017. Com destaque para o biênio 2016-2017 que obteve o melhor desempenho para os investidores, com os juros reais acima de 7%aa, ao contrário do biênio 2019-2020 com os juros reais abaixo de 2%aa e até negativo, conforme o gráfico feito pelo Dose Financeira, abaixo.
Observe que um dos efeitos da Selic mais baixa é o aumento da inflação, porque com o crédito mais barato, as pessoas se endividam mais pegando empréstimos e/ou financiamentos e com mais dinheiro circulando no mercado, a tendência é o aumento generalizado dos preços dos produtos por serem bens escassos. As pessoas consomem mais também, porque ficam desestimuladas em poupar com a taxa de juros baixa.
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Notas:
* Selic= Sistema Especial de Liquidação e Custódia
**IPCA= Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo