Morte de médico acreano na BA completa 2 meses; veja o que a polícia sabe até o momento

Nesta quarta-feira (28), completa um mês que o corpo do médico acreano Andrade Santana foi encontrado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, preso a uma âncora.

O médico Geraldo Freitas Junior, assassino confesso do acreano Andrade Lopes Santana, de 32 anos, na Bahia, teve a prisão preventiva decretada na terça-feira (27). Até o momento ele estava preso temporariamente. Ele foi preso temporariamente horas depois de o corpo de Andrade ser encontrado.

Segundo sites locais, o delegado Roberto Leal, responsável pelas investigações, informou que a motivação do crime ainda não foi esclarecida, mas já há provas suficientes de que o crime foi cometido por Geraldo.

Entre os fatores apontados para comprovar a linha investigativa estão o fato do suspeito estar armado e ter levado uma âncora para o local do passeio, no rio Jacuípe.

Geraldo e Andrade eram amigos desde a época de faculdade/Foto: reprodução

“Nós estamos aguardando alguns resultados de periciais, mas até o momento não temos a motivação do crime”, contou o delegado Roberto Leal.

“Algumas informações foram angariadas, já há conclusões de que ele agiu sozinho, houve auxílios posteriores em relação a alguns fatos, que estão sendo analisados, e a gente continua no aguardo das perícias que foram realizadas nos aparelhos celulares tanto do autor quanto da vítima”, afirmou Roberto Leal.

A polícia não dá muitos detalhes sobre o que já foi apurado para não atrapalhar as investigações.

O crime

Andrade foi encontrado morto no dia 28 de maio, no rio Jacuípe, no interior da Bahia. Ele estava desaparecido desde o dia 24, quando saiu de Araci, onde morava e trabalhava, com destino a Feira de Santana.

A família saiu do Acre para o estado da Bahia em busca de informações sobre o paradeiro do médico. Eles chegaram em Feira de Santana no dia 27 de maio, um dia antes do corpo ser encontrado. Geraldo, que depois confessou o crime, foi quem buscou a mãe e tias de Andrade no aeroporto, levou para almoçar e chorou junto o sumiço do então amigo.

Família de Andrade foi à Bahia poucos dias antes do corpo ser encontrado/Foto: arquivo pessoal

Geraldo foi quem registrou o boletim de ocorrências pelo desaparecimento de Andrade. Os dois estudaram medicina juntos, em uma faculdade na Bolívia. Concluído o curso, os dois se mudaram para o interior da Bahia, para trabalhar.

Segundo os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), foi constatado um disparo de arma de fogo na nuca e uma corda no braço amarrada a uma âncora para o corpo não emergir nas águas do rio.

Prisão preventiva x temporária

A prisão temporária é utilizada para que a polícia colete provas para, depois, pedir a prisão preventiva do suspeito em questão. Em geral, ela é decretada para assegurar o sucesso de uma determinada diligência.

O objetivo da prisão preventiva é evitar que o réu continue a atuar fora da lei. Também serve para evitar que o mesmo atrapalhe o andamento do processo, por meio de ameaças a testemunhas ou destruição de provas, e impossibilite sua fuga, ao garantir que a pena imposta pela sentença seja cumprida.

Foio que aconteceu neste caso, após a polícia apontar indícios suficientes de que Geraldo é o autor do crime, ele teve a prisão temporária convertida em preventiva.

Fontes: G1 Bahia e CNJ

 

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