Acidente matou motorista que levava quase 400 quilos de droga e pai de família de indígenas em rodovia

Uma família de indígenas moradores em Tacuru estava no carro que foi atingido por veículo que transportava quase quatrocentos quilos de maconha, no sábado (11).

A colisão, ocorrida na MS-295, provocou a morte dos dois motoristas, identificados como Rafael Damaceno Ferreira, de 27 anos, que estava no carro com a droga, e Mario da Silva, de 39 anos, que estava acompanhado da esposa, de 37 anos, e dos filhos de 7, 9 e 10 anos.

Os dois homens morreram no local do acidente, no trecho da rodovia entre Tacuru e Amambai. A mulher e as crianças foram levadas para o hospital municipal de Tacuru sem ferimentos graves. A informação obtida hoje é que foram liberadas pela equipe médica, a tempo de acompanhar o sepultamento de Mario.

A família precisou de ajuda da prefeitura da cidade para o sepultamento, pois não tinha condições de pagar pelo procedimento. Eles são moradores de uma fazenda na região, onde o pai e a mãe das crianças trabalhavam.

Rafael Damaceno Silva foi sepultado em Eldorado, a 98 quilômetros do local do acidente.

E agora?

A Polícia Civil vai investigar as circunstâncias em que o acidente na estrada aconteceu, mas, como o suspeito de provocar a tragédia morreu, a tendência é de arquivamento do caso, com a consequente extinção de punibilidade do autor, por estar morto.

O DOF (Departamento de Operação de Fronteira), quando divulgou o assunto, informou que a tragédia aconteceu na tarde, quando policiais se deslocavam no sentido Tacuru/Amambai, na região fronteiriça ao Paraguai. A equipe avistou um Honda Fit, de cor prata, em alta velocidade, no sentido contrário.

Quando os policiais fizeram a manobra de retorno para abordar o motorista, presenciaram o momento em que o automóvel colidiu com um Vectra, a cerca de 800 metros de distância.

O Departamento informou que mantém um canal aberto para o cidadão tirar dúvidas, receber reclamações e fazer denúncias anônimas, por meio do telefone 0800 647-6300. A unidade policial explica que não é preciso se identificar. “A ligação será mantida em absoluto sigilo”, informa o Departamento.

O serviço funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.

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